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segunda-feira, 26 de julho de 2010

A Consciência – O Acusador Divino


Um homem havia cometido uma fraude e sua consciência não o deixava em paz. Para sentir-se aliviado, escreveu à empresa prejudicada: “Anexo uma parte do valor que estou devendo. Se ainda não conseguir dormir direito hoje à noite, vou enviar mais uma parcela”.
A consciência não é um órgão físico que se pode ver, operar ou transplantar, mas mesmo assim ela existe e está presente na vida de cada um de nós. De onde vem a consciência? Qual é sua finalidade? Quem a colocou em nós? De onde vem essa “voz interior”? Existem as mais diferentes explicações e justificativas para a existência da consciência dentro de nós. Segue uma seleção de opiniões sobre essa “voz” misteriosa:

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* A consciência é uma instância, um poder implantado em nós que avalia moralmente os nossos atos, nossos pensamentos, nossos planos e opiniões (Bíblia de Estudos de Genebra).
* A consciência é aquela voz interior que impele a pessoa a fazer o que ela considera correto (Charles Ryrie).
* A consciência, segundo desígnio divino, deve ser o nervo central de nosso ser que reage ao valor moral intrínseco de nossos atos (Oswald Sanders). Comentário – Índio
* Um índio descreveu figuradamente a consciência como sendo um triângulo em seu interior: “Quando cometo alguma injustiça, o triângulo se move, e isso dói”.

Gostaria de definir a consciência como o “acusador” divino, pois ela nos acusa quando fazemos algo errado. Conforme a Bíblia, o Diabo é nosso acusador diante de Deus, mas Satanás não é onipresente, nem onisciente. Estou falando, porém, de outro “acusador”, que é a consciência, sempre presente em nós. A Bíblia menciona a consciência em diversas passagens, por exemplo:

“Mas, ouvindo eles esta resposta e acusados pela própria consciência, foram-se retirando um por um, a começar pelos mais velhos…” (Jo 8.9).

E:

“estes mostram a norma da lei gravada no seu coração, testemunhando-lhes também a consciência e os seus pensamentos, mutuamente acusando-se ou defendendo-se” (Rm 2.15).

Através da consciência a Lei de Deus está inscrita em nossos corações.

A Finalidade da Consciência
Ela expõe nossa culpa diante de Deus e nos leva ao arrependimento e ao perdão. Prezado leitor, prezada leitora, gostaria de fazer-lhe algumas perguntas muito francas. Nos últimos dias você assistiu ou leu coisas que deveria ter deixado de lado? Será que você esteve em lugares onde teria sido melhor não ter ido? Você teve comunhão com pessoas que deveria ter evitado? Você enganou alguém? Você ainda não fez alguma coisa que já deveria ter feito há muito tempo? Você andou mentindo de maneira consciente, por medo de perder alguma coisa ou com receio das conseqüências? Você não pagou uma dívida que está pendente há muito tempo? Você falou ou pensou alguma coisa acerca de alguém que teria sido melhor não falar ou pensar? Será que você preferiu fazer outras coisas ao invés de ir ao culto ou à reunião de oração? Sua consciência pesou?

Você sentiu-se desconfortável ao tentar responder alguma dessas perguntas? Então continue lendo. Esta mensagem é para você!
A consciência acusa:

“Mas, ouvindo eles esta resposta e acusados pela própria consciência, foram-se retirando um por um, a começar pelos mais velhos até aos últimos, ficando só Jesus e a mulher no meio onde estava” (Jo 8.9).

Todas as pessoas que acusavam a mulher adúltera perceberam que também eram culpadas pois suas consciências pesaram. A consciência sempre faz duas coisas: ela aproxima você de Jesus ou leva você para longe dEle. Ela conduz você para mais perto do Senhor ou obriga você a evitar Sua proximidade. Uma consciência pesada foi o que levou muitas pessoas a deixarem de ler a Bíblia, a evitar a comunhão com os irmãos, a se auto-justificar e a acusar os outros. Mas quem cede à sua consciência acusadora e se refugia junto a Jesus receberá o perdão!
A consciência persegue e pesa. Alguém foi solicitado a desenhá-la. A pessoa desenhou um cavalo galopando, perseguido por vespas e abelhas. Embaixo, escreveu: “Frustra curris”, que significa “Você corre em vão”. Não conseguimos fugir da nossa consciência.

Tabuleiro de Xadrez Há tempos um jornal alemão trouxe uma história pitoresca. Um soldado americano remeteu um jogo de xadrez acompanhado de uma carta ao prefeito de uma cidade da região do Reno. Na carta ele dizia que havia encontrado um jogo de xadrez em uma casa quando os Aliados ocuparam a Alemanha no final da Segunda Guerra Mundial. Ele e seus companheiros costumavam usar o tabuleiro, e quando foram transferidos levaram o jogo. Quando o soldado cruzou o oceano e voltou para os Estados Unidos, levou o jogo consigo. Depois de 15 anos, ele estava sentindo uma inquietação interior, pois havia roubado o jogo e desejava devolvê-lo. “É apenas um jogo de xadrez, mas minha consciência não me deixa em paz”, escreveu ele ao devolver o que tomara indevidamente.
Um médico conta a história de um funcionário de um banco que o procurou em seu consultório apresentando sintomas de epilepsia. O paciente contou que se sentia inseguro, que suas pernas tremiam, que ele sempre tropeçava e que sentia muito medo de cair na rua. Os exames mostraram que ele era fisicamente saudável, mas o médico percebeu sintomas de agitação interior. Então disse francamente ao bancário que ele havia tirado dinheiro do caixa do banco.

Apavorado, o funcionário concordou com a acusação. Mas disse que já havia reposto todo o dinheiro, porém continuava com muito medo de ver seu erro descoberto. Depois de um aconselhamento espiritual, onde ele confessou sua culpa e declarou-se disposto a assumir as conseqüências de seu ato, sentiu-se imediatamente aliviado e liberto de sua “epilepsia”.

“Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia. Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim, e o meu vigor se tornou em sequidão de estio” (Sl 32.3-4).

Burns, um estudioso da Bíblia, escreve sobre esses versículos: “O salmista fala de maneira muito franca de sua grande luta interior. Ele estava consciente de haver cometido diversos pecados graves, e sabia que somente uma confissão plena diante de Deus poderia libertá-lo de seu fardo. Mas ele não queria (ou não podia) confessar sua culpa. Gemia de remorso e não conseguia dormir. Acabou ficando doente, mas continuava lutando contra sua própria consciência que o acusava. Ele também relata a razão de todo esse mal-estar físico: a mão de Deus – a ira divina – não o deixava ter paz, fazendo-o padecer as torturas de uma consciência pesada. Milhares de pessoas já passaram e passam por essa experiência. A solução é tão simples:

“Confessei-te o meu pecado e a minha iniqüidade não mais ocultei. Disse: confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a iniqüidade do meu pecado” (Sl 32.5).

Como Lidar Com a Consciência?
Deus colocou a consciência em nós fazendo-a funcionar como acusador e como canal através do qual Ele fala conosco. Mas a consciência pode ser manipulada e, em casos extremos, usada pelo próprio Diabo. Por isso é vitalmente importante sabermos a quem nossa consciência está sujeita e a quem ela é submissa. Dietrich Bonhoeffer disse: “Nossa consciência deve ser dominada unicamente por Jesus Cristo”.
Existe a possibilidade de nossa consciência tornar-se insensível com o passar do tempo:

“os quais, tendo-se tornado insensíveis, se entregaram à dissolução para, com avidez, cometerem toda sorte de impureza” (Ef 4.19).

Quem persevera no pecado apesar de ouvir o clamor da própria consciência, quem se entrega ao pecado de maneira consciente e deliberada, com o tempo acabará tornando-se insensível. O índio canadense descreveu a consciência como sendo um triângulo em nosso interior que gira dolorosamente a cada vez que praticamos alguma injustiça. Mas ele acrescentou: “Se eu continuo a fazer o mal, o triângulo continua a girar até que suas arestas se gastam, e aí eu não sinto mais nada”. Uma pessoa assim foi Pol Pot, o sanguinário ditador do Camboja, responsável pela morte de mais de dois milhões de pessoas em menos de três anos. Isso representa um terço da população do país. Na época bastava alguém usar óculos ou exercer uma profissão acadêmica para ser assassinado da maneira mais cruel. As pessoas foram aterrorizadas com deportações, internadas em campos de trabalhos forçados, sofreram lavagem cerebral e foram privadas de alimentação. Mas apesar de ter praticado todas essas crueldades, em uma entrevista de 1997 Pol Pot declarou que tinha “uma consciência limpa”. Algum dia todas as pessoas estarão diante do Deus vivo e serão julgadas por Ele.

O gravador interior de nossa alma, que tudo registra com minuciosa precisão, tocará a fita. Então todos os nossos atos, todos os pecados que cometemos, nossas omissões, todos os pensamentos e propósitos, nossa motivação e nossos desejos, tudo virá à luz.
Também é possível alguém ter uma consciência débil, sensível, deixando a pessoaRelógio confusa: “Acolhei ao que é débil na fé…” (Rm 14.1). “…e a consciência destes, por ser fraca…” (1 Co 8.7). Um hindu, por exemplo, fica com a consciência pesada quando mata uma vaca. Mas não se importa em sacrificar seus filhos nem se impressiona quando as viúvas são obrigadas a se lançar sobre as piras onde os corpos de seus falecidos maridos estão sendo cremados. A consciência se adapta às normas morais de seu ambiente. Mais um exemplo ilustra essa realidade:
Os agricultores de uma fazenda coletiva de um país socialista foram até o prefeito e lhe perguntaram: “Companheiro prefeito, diga-nos o que é dialética?*” O prefeito respondeu: “Prezados companheiros, não é fácil explicar isso a vocês.

Mas vou contar-lhes um exemplo. Imaginem que dois companheiros venham falar comigo. Um está limpo, o outro está sujo. Eu ofereço um banho aos dois. Qual dos dois aceitará a oferta?” “O sujo”, responderam os agricultores. “Não, o limpo”, respondeu o prefeito, “pois o limpo está acostumado a tomar banho; o sujo não valoriza a higiene. Quem, portanto, aceitará o banho?” “O limpo”, responderam os agricultores. “Não, o sujo, pois ele precisa de um banho”, disse o prefeito, “portanto, qual dos dois aceitará a oferta de tomar banho?” “O sujo”, gritaram os agricultores”. “Não, os dois”, retrucou o prefeito, “pois o limpo está acostumado a banhar-se e o sujo está precisando de um banho. Portanto, quem vai tomar banho?” “Ambos”, responderam os agricultores, desconcertados. “Não, nenhum dos dois”, disse o prefeito, “pois o sujo não está acostumado a tomar banho e o limpo não precisa de banho”. “Mas, companheiro prefeito”, reclamaram os agricultores, “como podemos entender isso?” Cada vez você responde aquilo que combina com o que você quer ouvir de nós”. “Vocês estão vendo? Isso é dialética”, respondeu o prefeito, sorrindo.

Seria engraçado se não fosse tão sério. Pois muitas vezes nós todos somos dialéticos. Estamos conscientes de que fizemos algo errado, pois uma voz em nosso interior nos diz isso de maneira clara e inequívoca. Mas imediatamente outra voz se faz ouvir, a voz da dialética, o advogado do mal. Sabemos o que ele mais gosta de nos dizer: “Não importa. Não leve as coisas tão a sério. Todo mundo faz isso. Ninguém viu nada. Não consegui agir de outra maneira. Foi só uma vez”. É dessa maneira ou com argumentos semelhantes que essa voz se faz ouvir. Ela tenta minimizar aquilo que realmente aconteceu, tenta torcer a verdade e mostrar que o erro não foi tão grande assim. Essa voz satânica contradiz a voz da consciência que tenta se manifestar. Alguém disse que a consciência é “um sistema de alarme com mau contato”. Por isso, a consciência precisa ser treinada. Ela precisa ser ensinada, precisa aprender a orientar-se pelas Escrituras, precisa ser dirigida pelo Espírito Santo. Nossa consciência deve ter por base o padrão de Jesus Cristo. Se ela não O tiver como parâmetro, será constantemente influenciada pelo mal, relativizando tudo, seguindo o lema: “Mas não foi tão grave assim. Quem leva as coisas tão a sério?”

Uma consciência, porém, que vive segundo o padrão de Jesus se comportará como a mulher que está ao volante do seu carro e, quando seu marido pede que ela ande mais depressa, responde que não vai exceder o limite de velocidade. Ou o trabalhador, que ouve seus colegas contando que de vez em quando “pegam emprestadas” as ferramentas do patrão mas se esquecem de devolvê-las e decide: “Não vou roubar da firma”. Devemos treinar nossa consciência, exercitá-la para que não seja enganada ou seduzida:

“…com boa consciência, de modo que, naquilo em que falam contra vós outros, fiquem envergonhados os que difamam o vosso bom procedimento em Cristo” (1 Pe 3.16).

Os apóstolos se empenhavam em manter uma boa consciência:

“Porque a nossa glória é esta: o testemunho da nossa consciência, de que, com santidade e sinceridade de Deus, não com sabedoria humana, mas, na graça divina, temos vivido no mundo e mais especialmente para convosco” (2 Co 1.12).

Paulo exercitava e treinava sua consciência para que ela fosse pura diante de Deus e dos homens:

“Por isso, também me esforço por ter sempre consciência pura diante de Deus e dos homens” (At 24.16).

Assim como um relógio deve ser acertado de tempos em tempos, nossa consciência precisa ajustar-se à Bíblia, para que possamos declarar:

“testemunhando comigo, no Espírito Santo, a minha própria consciência” (Rm 9.1).

Temos o Testemunho de Uma Consciência Limpa?
Também é possível deixar de ouvir a voz da consciência, como fizeram algumas pessoas acerca das quais a Escritura testemunha: “tendo rejeitado a boa consciência, vieram a naufragar na fé” (1 Tm 1.19).
Você já ouviu a história do colono que tinha um cachorro que latia muito porque havia ladrões no pátio? Como o dono não queria ser perturbado em seu sono, tomou sua espingarda e, de tanta raiva, matou seu cachorro. No dia seguinte ele viu que os ladrões haviam carregado tudo o que ele possuía. Muitos “baleiam” sua consciência, negam-se a ouvir sua voz porque ela incomoda, pois ela fica advertindo e alertando constantemente. Mas um dia a pessoa se vê confrontada com o resultado dessa atitude e percebe que tudo está perdido, que naufragou na fé por ter deixado de ouvir sua própria consciência.
A consciência também pode ser cauterizada: esta é uma característica típica dos tempos finais e um sinal de apostasia:

“Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras e têm cauterizada a própria consciência” (1 Tm 4.1-2).

Xavier Naidoo, um cantor de pop-rock, declarou em entrevista concedida à revista alemã Focus:
Focus: Há oito anos você vive com sua namorada. Por que vocês nem cogitam casar?
Naidoo: Porque eu jamais poderia prometer diante de Deus que serei eternamente fiel. Se não preciso fazer essa promessa, também não posso quebrá-la. Considero meu relacionamento com minha namorada tão importante que não vou deixá-lo fracassar.
Focus: Como é seu deus?

Naidoo: Inacreditavelmente bondoso… Através de muitos sinais eu reconheço que nossa geração vive em um mundo que Deus criou para os bons. A morte não vem de Deus… A eternidade está adormecida dentro de nós. Eu gostaria de experimentar a imortalidade neste corpo e daqui a mil anos estar fazendo festa junto com meus amigos. A idade que vou alcançar só depende de minha situação espiritual.
O contraste não poderia ser maior com o que Paulo escreveu na Primeira Carta a Timóteo:

“conservando o mistério da fé com a consciência limpa” (1 Tm 3.9).

Como Adquiro Uma Consciência Limpa?
Talvez alguns dos que estão lendo esta mensagem tenham ficado inquietos em suas consciências. Talvez muitas coisas que estavam soterradas vieram à luz. Mas talvez também algumas coisas que estavam sem corte voltaram a ficar afiadas, machucando-nos e fazendo-nos sentir dor. Você se pergunta: “Como conseguirei ficar em paz novamente?” Em primeiro lugar, precisamos saber que o sangue de Jesus Cristo tem o poder de perdoar os nossos pecados e nos libertar da nossa consciência pesada: “Calculem como o sangue de Cristo, com muito maior certeza, transformará as nossas vidas e os nossos corações. O sacrifício dEle nos liberta da preocupação de ter de obedecer aos regulamentos antigos e nos faz desejar servir ao Deus vivente; pois, com a ajuda do eterno Espírito Santo, Cristo de bom grado entregou-Se a Deus para morrer pelos nossos pecados – Ele, que era perfeito, sem uma única falta ou pecado” (Hb 9.14, ABV). É possível sermos libertos da nossa má consciência – mas somente pelo perdão de Cristo. Então poderemos voltar a servir ao Senhor com alegria.


Mesmo que duvidemos dessa possibilidade, Deus entende e vem ao encontro de nossas dúvidas, pois Sua bondade é muito maior que a mais pesada consciência. Deus, para quem nada fica escondido, não vê apenas nossos erros mas também o sacrifício de Seu Filho, que nos traz o perdão. Jesus é nosso grande Advogado, que se coloca diante do promotor que está nos acusando e intercede por nós.

“E nisto conheceremos que somos da verdade, bem como, perante ele, tranqüilizaremos o nosso coração; pois, se o nosso coração nos acusar, certamente, Deus é maior do que o nosso coração e conhece todas as coisas. Amados, se o coração não nos acusar, temos confiança diante de Deus; e aquilo que pedimos dele recebemos, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos diante dele o que lhe é agradável” (1 Jo 3.19-22).

Por fim, gostaria de contar um exemplo extraído do diário de um jovem:

* Segunda-feira, 8:00 horas. Chego na escola, e os caras já estão lá. “E aí, ainda nessa onda de crente?” A minha cabeça gira, minha consciência me incomoda. Eu reúno todas as minhas forças e respondo “Sim!”.
* Terça-feira, 8:00 horas: Chego na escola, e eles já estão lá. “E aí, ainda nessa onda de crente?” A minha cabeça gira, minha consciência me incomoda. Eu baixo os olhos e digo “Talvez!”.
* Quarta à noite, 19:00 horas. Chego em casa. Minha família vai à igreja. “Você vem conosco?” Minha cabeça gira, minha consciência me incomoda, mas eu mordo os lábios e digo: “Não!”.
* Domingo de manhã, 10:00 horas. Estou sentado em meu quarto, sozinho com minha consciência. Oro e clamo a Deus: “Senhor, Tu me aceitas outra vez?” E Ele responde “Sim!”

“Aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência e lavado o corpo com água pura” (Hb 10.22).

Nota:
* Hegel, pai espiritual do marxismo, ensina que todo conceito traz dentro de si o seu contrário, o qual, do choque com o primeiro, gera um terceiro que, sem ser um nem outro e, aliás, nem ambos ao mesmo tempo, é a sua “superação dialética”… É claro que Hegel usa desse esquema com muita argúcia e delicadeza… Mas quando passa pelas simplificações requeridas para se adaptar ao nível intelectual dos militantes, a dialética de Hegel volta a mostrar aquilo que era no fundo: a arte de proferir enormidades com uma expressão de fulgurante inteligência. Daí derivam algumas artes secundárias: a de cometer crimes para fomentar a justiça, a de construir prisões e campos de concentração para instaurar a liberdade, a de condenar o terrorismo dando-lhe prêmios, etc., etc. Só um profano vê aí contradições insanáveis. Para o dialético, tudo se converte no seu contrário e, quando isso acontece, fica provado que o contrário era a mesma coisa. Quando não acontece, ele faz uma forcinha para que aconteça, e em seguida arranja uma explicação dialética absolutamente formidável (Olavo de Carvalho).
postado por evangelista alexandre lopes araujo

Ocultismo Contemporâneo


Alguém se lembra das antigas bruxas? Narigudas, maquiavélicas, insensíveis, de riso estridente e aparência amedrontadora? Elas continuam as mesmas, mas os seus cabelos, narizes e vestuário apresentam muita diferença! Já não voam em vassouras, muito menos vivem ao redor de caldeirões fervilhantes. A caça às criancinhas perdidas em florestas acabou. Hoje, conquistá-las é bem mais fácil.

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A lenda dos aprisionamentos em porões escuros, onde meninos e meninas recebiam uma dieta para que engordassem e fossem servidos nos banquetes das “velhas malvadas” também sofreu atualizações. Agora, o prato predileto do “ocultismo contemporâneo” tem sido “cérebros suculentos”, mentes ávidas pelo que é desconhecido e cada vez mais bonito e tecnologicamente atraente. Em lugar dos ambientes sinistros estão as salas de estar, quartos, cinemas, lan houses etc. A fantasia continua sendo a principal matéria-prima.

Pastor Luís Peixoto, escritor e professor de Teologia, explica que o ser humano busca respostas contínuas para a existência humana e as forças ocultas do mal acentuam, ainda mais, estas procuram o mundo encantado do ocultismo que tem entradas múltiplas. Internet, televisão, jornais, revistas, livros, videogames e etc, estendem tapetes vermelhos em saudação aos novos simpatizantes. Tudo é colocado à disposição da humanidade como se fossem árvores repletas do fruto proibido. E, infelizmente, o caminho mais atrativo para a sociedade tem sido o das curvas sinuosas da serpente.

A metáfora é romantizada e envolvente como um conto de fadas, porém nem sempre acaba com final feliz. Assim como as sutilezas de uma crônica, o ocultismo tem minado mentes de crianças e adultos, utilizando a arte como instrumento de persuasão e criação de identidade.

Perigos Por Trás da Trama
Entenda o que significa cada item citado na novela, que é ambientada numa cidade do interior, a fictícia Serranias, entre as décadas de 1930 e 40.

* Religião Wicca – Em “Eterna Magia”, as personagens vividas pelas atrizes Malu Mader e Mariana Sullivan são duas bruxas que seguem os preceitos da Wicca. Esta religião é uma tradição neo-pagã criada e denominada originalmente pelo escritor Gerald Gardner, cujos preceitos celebram a natureza. Wicca também é o nome dado às bruxas modernas.
* Celtas – Segundo historiadores, a terra de origem dos celtas era uma região da Áustria, perto do sul da Alemanha. De acordo com Maria Inês Cavalcanti, bruxa em Ribeirão Preto (SP), a cultura celta valoriza rituais, sempre louvando os deuses da natureza. Os druidas, também citados pela trama, são pessoas encarregadas das tarefas de aconselhamento, ensino, jurídicas e filosóficas dentro da sociedade celta.
* Magias branca e negra – Na cultura celta, os cavaleiros usavam três tipos de capuz: cinza, branco e negro. Foi daí que surgiram as magias branca e negra. A magia negra, que na América Latina foi associada a outros rituais africanos dos escravos, segundo Inês, é usada para fazer o mal. Já a magia branca é usada para favorecer positivamente as pessoas.
* Bruxas – Considerada parte de antigas práticas dos cultos xamânicos, a bruxaria tem suas origens no período pré-histórico e trata-se do culto a um deus. “Não existe bruxa má ou boa, tudo depende de que lado está”, frisa Maria Inês, que teve seu contato com a bruxaria aos seis anos de idade.

Para o mundo secular, o ocultismo é fascinante. Definido como o conjunto de sistemas filosóficos e artes misteriosas associadas a conhecimentos secretos, ganha cada vez mais adeptos entre as sociedades intelectualizadas. Já a igreja caracteriza como ocultista toda seita ou religião cujas práticas incluam previsões futurísticas, comunicação com os mortos ou segredos instigantes. O que à luz da Palavra é abominável, para a sociedade é atraente. O mal já não parece ser tão mau assim. O oculto já não repele, mas atrai as massas.
Qual a explicação para o sucesso de vendas da série Harry Potter, livros com mais de 600 páginas disputado por crianças em todo o mundo com lançamento em data e hora marcada? O que faz de Paulo Coelho ser o autor mais lido em todo o planeta? Por que o místico, secreto ou esotérico compõe as categorias campeãs entre os best-sellers?

“Muitos dos temas trabalhados em programas de TV, como agouros, prognósticos, horóscopos etc., são temas que o povo gosta de explorar.”

Por isso, são apresentados pela mídia “televisiva”, diz o pastor João Souza Filho, autor de quatro livros tratando sobre ocultismo, marketing e publicidade, certamente, têm sua parcela de contribuição. No entanto, para Sérgio Carneiro, cristão, publicitário, pós-graduado em Comunicação e professor universitário, o ocultismo é tema atrativo por si só.

“Em menor ou maior grau, o oculto sempre fez parte da história humana, e a propaganda, atenta a tudo o que atrai a atenção dos homens, vale-se desse interesse coletivo para divulgar seus produtos”.

Carneiro enfatiza que, de certa forma, foi o desejo de conhecer o que era secreto que motivou Adão e Eva no jardim do Éden a comerem do fruto proibido. Eles desejavam conhecer o que não sabiam, estavam instigados pela idéia de que poderiam descobrir um grande segredo. E essa “curiosidade” percorre as sensações humanas até hoje.

“O ocultismo, sob esta perspectiva, é apenas mais uma isca da propaganda para atrair o interesse das pessoas.”

Novidade no ArEm um aspecto, pais e responsáveis podem começar a comemorar. Pelo menos, por enquanto. Isso porque uma portaria do Governo Federal e do Ministério da Justiça impôs limites na programação de qualquer obra visual. A notícia caiu como uma bomba para as TVs abertas, que acusaram o governo de criar uma nova censura.
Segundo a portaria, o horário livre será das 6 às 20 horas, e o de proteção à criança e ao adolescente, das 20 às 23 horas. Outra novidade na nova portaria diz respeito ao fuso horário. Atualmente, um mesmo programa é exibido para todo o país pelo horário de Brasília. Com a mudança, uma novela que é veiculada, ao mesmo tempo, às 21 horas no Rio Grande do Sul e às 18 horas no Acre, fica proibida, devido à indicação das faixas etárias por horários. A medida é bem vista pelo apresentador de TV e pastor presbiteriano Eber Cocareli.

“O que as TVs comerciais não falam é que esta norma já existe em países como Estados Unidos, Canadá e Japão. Não é censura política, como foi em 1970, e sim uma censura moral”.

À frente de um dos programas de maior audiência da Rede Internacional da Graça de Deus, a Rit, ele afirma que tenta fazer uma TV genuinamente evangélica para toda a família.
De acordo com o pastor Luís E. Peixoto, escritor, professor de Teologia e conferencista internacional, a áurea nebulosa do místico é o que fascina a inteligência do homem.

“O fato de existir dentro do ser humano um vazio que só pode ser preenchido pelo amor e graça de Deus, o leva a buscar respostas contínuas para a existência humana. De onde vim? Quem sou? O que faço aqui? Para onde vou?”.

Além disso, ele acredita que as forças ocultas do mal acentuam, ainda mais, esta procura.
A atriz e hoje pastora Simone Carvalho é alguém que usa seu testemunho para conquistar outros atores. Para ela, a culpa do sucesso de novelas como “O Profeta” e “Eterna Magia” é dos próprios cristãos que as assistem. Alguns cristãos atribuem os comentários sobre o ocultismo e seus derivados como exageros, divagações e teorias irrelevantes, uma vez que o diabo é tão aceito que não necessita mais do subliminar para atingir o povo. Entretanto, outros percebem os detalhes de manifestações e mensagens ocultas que, para a maioria das pessoas, passam despercebidos.
O escritor Daniel Mastral, 40 anos, autor de “Voz do que Clama no Deserto”, aliciado pelo satanismo dos 17 aos 25 anos, chama a atenção até mesmo para o horário em que passam as novelas da Rede Globo, cujas cenas têm doses homeopáticas e fortes de ocultismo. Mastral aponta o seguinte raciocínio:

“Deus falava com o homem na virada do dia. No calendário judaico contava-se o tempo a partir do pôr do sol. Jesus foi crucificado na hora sexta e ficou até a hora nona. Ou seja, do meio-dia até as três da tarde. Então, o fim deste dia era quando o sol se punha, às 18hs. Nesse horário, tem início a noite; as trevas. E as novelas que abordam temas ocultistas começam às 18h. “Vampi”, “Iemanjá”, “Alma Gêmea”, “O Profeta” e, agora, “Eterna Magia”. Será tudo isso acaso?”

Práticas Ocultistas Citadas na Bíblia
Na antiguidade, adivinhadores, mágicos e feiticeiros eram muito respeitados entre as autoridades, e os reis freqüentemente tomavam decisões embasadas em suas predições.

* Nabucodonosor decide atacar a cidade de Jerusalém depois de recorrer aos deuses (Ez 21: 21,22): “O rei da Babilônia pára na encruzilhada da estrada, sacode as flechas, pergunta aos deuses e examina o fígado de um animal que fora oferecido em sacrifício”. Agora sua mão está segurando a flecha marcada com a palavra “Jerusalém”. A prática era conhecida na época como hepatoscopia (contato com deuses através do fígado de um animal).
* Hamã, além de querer matar Mordecai, planejava acabar com os judeus utilizando métodos ocultistas como o “Purim”, uma prática semelhante a “sorte” (Et 3:7-9; 9:24-25).
* Os magos e feiticeiros, súditos de Faraó, transformaram cajados em serpentes a fim de desestabilizar Moisés e Arão (Ex 7:8-12, 19-22; 8:5-11,16-19; 9:11).
* O rei Saul morre por consultar uma adivinhadora (2 Cr 10:13-14).

Para o pastor João Souza Filho, autor de 21 livros, quatro deles tratando sobre ocultismo e mundo espiritual, é bem possível que o autor de uma novela que trate de Wicca ou bruxaria, como é o caso da atual novela das 18h, não tenha por objetivo divulgar uma crença. É possível que esteja apenas trabalhando um tema que fascina a todos: bruxaria e mística.

“Muitos dos temas trabalhados em programas de TV, como agouros, prognósticos, horóscopos, etc. são apenas temas que o povo gosta de explorar e sente-se curioso em conhecer. Por isso, são apresentados pela mídia televisiva”.

O subliminar e o místico estão aí. O oculto transformou-se em um campo profissional explorado e extremamente rentável. Segundo Roberto C. P. Júnior, espiritualista, escritor e mestre em ciências:

“Em apenas um ano de trabalho, um esotérico pode ganhar em média quatro mil dólares por mês sem sair de casa. As franquias de lojas e centros de práticas esotéricas se multiplicam sem parar. Videntes já atendem pela Internet, oferecendo por e-mail previsões e consultas com o tarô; e inúmeros serviços esotéricos por telefone prometem até mesmo limpeza de aura à distância”.

Tipos de Práticas Ocultistas
O ocultismo no mundo moderno se estabeleceu em diversos segmentos religiosos. As práticas mais conhecidas na atualidade são:

* ADIVINHAÇÃO:

É a categoria ocultista com maior número de ramificações. Algumas das práticas de “predições futurísticas” através da interpretação de sinais são: aleuromancia, aeromancia, alectoromancia, astragalomancia, dendromancia, belomancia, catoptromancia, cefalomancia, quiromancia, clidomancia, dactilomancia, dafnomancia, geomancia, hidromancia, lampadomancia, libanomancia, litomancia, margaritomancia, necromancia, enomancia, ornitomancia, ovomancia, acrimancia, astrologia, pêndulos, mandala, hidroscopia, cartas, búzios, tarô, runas, numerologia, bolas de cristal e centenas de outros tipos, conforme a cultura.

* BRUXARIA:

Acredita-se que o surgimento da religião tenha acontecido no período pré-histórico, há aproximadamente 20 mil anos. Porém, ela só ganhou notoriedade entre os celtas, egípcios, assírios, greco-romanos e normandos (vikings), pela prestação de serviços de curandeirismo. Além disso, as bruxas tinham a incumbência de encaminhar os espíritos dos mortos aos seus destinos e eram as videntes que auxiliavam na tomada de decisões da comunidade. Atualmente, a religião se divide em duas categorias:
*Bruxaria Tradicional: fadas, céltica, britânica, alexandrina, caledoniana, picta, cerimonial, diânica, georgina, eclética, hecatina, teutônica ou nórdica, asatru e algard;
*Bruxaria Moderna, também conhecida por Wicca ou Tradição Gardneriana.

* ESPIRITISMO:
Doutrina filosófica embasada nos livros de Allan Kardec, séc XIX. Acredita na comunicação com espíritos de mortos. As práticas adotadas são: mediunidade, clarividência, clariaudiência e operações psíquicas.

* SATANISMO:

Religião oficialmente registrada em 30/04/1966 por Anton Szandor LaVey. A seita possui templos mundialmente conhecidos como “Igreja de Satanás” e sua filosofia e suas referências estão na Bíblia do Satanismo. Para a membresia, a adoração não é oferecida ao diabo, mas a si próprio. O hedonismo (busca do prazer como bem supremo) é a prática mais atrativa aos novos adeptos. Entre os rituais realizados estão a magia branca, magia negra e os pactos satânicos.

* OUTROS TIPOS DE SEITAS, TÉCNICAS E PRÁTICAS:
maçonaria, rosa cruz, feitiçaria, cabala, vodu, macumba, alquimia, ufologia, vampirismo, martinismo, i ching, grafologia, viagem astral, radiestesia, horóscopo, druidismo, thelemismo, Necronomicom, etc.

Há quem diga que a televisão é uma fábrica de sonhos. Não há barreiras para a imaginação. Existem aqueles que deixam o mundo virtual se tornar real, pois, como passam muito tempo em frente à TV, perdem o senso crítico para distinguir entre a verdade e a utopia. As crianças são as mais afetadas. Só que nem mesmo os adultos escapam da influência. Um bom exemplo do tempo gasto diante da “telinha” são os dados do Fundo das Nações Unidas para a Criança (Unicef). A pesquisa aponta que crianças e jovens passam, em média, quatro horas assistindo à TV. Tempo maior ao que dedicam à escola.

O cristão e publicitário Sérgio Carneiro observa: “Em menor ou maior grau, o oculto sempre fez parte da história humana, e a propaganda, atenta a tudo o que atrai a atenção dos homens, vale-se desse interesse coletivo para divulgar seus produtos” Muita informação é apresentada à população nesse período de exposição. E o ocultismo está na lista das atrações. A Rede Globo de Televisão, por exemplo, lançou no mês de maio a sua terceira novela, em menos de um ano e meio, com esta temática. “Eterna Magia” mescla bruxaria, reencarnação e ritos pagãos, e vem causando perplexidade entre evangélicos.

O primeiro a se pronunciar foi o reverendo Wildo Gomes (Igreja Missão e Vida em Anápolis, GO), que utilizou a internet para defender sua idéia. Ele criou um manifesto que rapidamente se difundiu na rede e, em seu texto, propõe um boicote à emissora. Wildo critica, por exemplo, as novelas da Globo que apresentam a prostituição, o homossexualismo e a feitiçaria como algo normal. “Há cerca de três anos, realizamos um protesto semelhante, quando três novelas com conteúdo espírita e cenas de homossexualismo eram transmitidas simultaneamente”. Até mesmo a cobertura jornalística da visita do líder da Igreja Católica, papa Bento XV, foi duramente criticada por ele. O reverendo acredita que a emissora, enquanto concessão pública deu uma abertura muito grande ao pontífice, coisa que, em sua opinião, não acontece com os evangélicos.

Espíritos Que Dão Audiência
O folhetim “Eterna Magia”, da autora Elizabete Gim, é transmitido no horário de seis horas da noite e traz no elenco estrelas como Malu Mader e Thiago Lacerda. Sucede o remake de Ivani Ribeiro “O Profeta”, novela que terminou com picos de 33 pontos no Ibope – normalmente a audiência alcançada pela novela das 21h –, sendo o quarto programa mais assistido por crianças na Globo. Antes de “Eterna Magia” e “O Profeta”, o folhetim espírita “Alma Gêmea” apimentou o horário, mostrando a história de uma alma penada em busca de seu amor. Saiu de cena o vidente e entrou o bruxinho. A fórmula dessas tramas são sempre as mesmas: magia, reencarnação, ocultismo e efeitos especiais com pitadas de uma história de amor mal resolvida para cativar as donas de casa.

Origem do Ocultismo
As práticas ocultistas remontam às bases da antiga Babilônia (Gn 11.8,9). Todavia, o termo “ocultismo” só foi obter amplo reconhecimento a partir do século XIX através da influência do mágico Alphonse Louis Constant, mais conhecido pelo pseudônimo Eliphas Levi. Autor da obra literária Baphomet, Levi se destacou internacionalmente por reavivar o interesse pelas ciências ocultas. No mesmo ano de sua morte, nasce o bruxo Aleister Crowley, que posteriormente é considerado o “sucessor reencarnado” de Levi, dando ainda mais visibilidade ao mago. A partir disso, diversas ramificações com ênfases distintas surgem pelo planeta.

No primeiro capítulo de “Eterna Magia”, o escritor Paulo Coelho fez uma breve participação. Na condição de narrador, ele apresentou os personagens que residem em uma cidade fictícia, no interior de Minas Gerais, chamada Serranias. Dentre os imigrantes, as duas irmãs, Eva (Malu Mader) e Mariana (Maria Flor) Sullivan, vão disputar Conrado (Thiago Lacerda). As irmãs são seguidoras de ritos pagãos celtas relacionados a bruxarias. Já no capítulo de estréia, a audiência oscilou entre 28 pontos, com apenas 43% dos televisores ligados – índice considerado baixo para o horário. Com o passar das semanas, lançando mão de muita bruxaria e cenas de feitiçaria, o ibope foi crescendo.
O apresentador de TV e pastor presbiteriano Eber Cocareli fala sobre a nova portaria do Governo:

“O que as TVs comerciais não falam é que esta norma já existe em países como Estados Unidos, Canadá e Japão. Não é censura política, como foi em 1970, e sim uma censura moral”

Mexer com o oculto é quase sempre uma estratégia que vende bem. Não é a primeira vez que novelas com ênfase espírita são veiculadas para cativar o público. Em 1994, “A Viagem”, também de Ivani Ribeiro, foi exibida e, em 2006, reprisada, mantendo o mesmo índice de aceitação. “Se não desse audiência, a emissora já tinha tirado do ar. O público se interessa pela riqueza de informações. A crença é algo sagrado para o ser humano”, justifica o escritor espírita Paulo Rossi Severino. Ele já deu consultoria a programas da Globo e concorda com o ator Marcos Caruso que, em entrevista ao jornal Folha Espírita, afirmou que falar dos espíritos é uma tendência da dramaturgia.

O Que a Bíblia DizSÓ HÁ UM DEUS – Ele é o Criador de todas as coisas. Não há outro no céu, na terra, nem embaixo da terra. Criar outros deuses é abominável aos olhos do Senhor (Hb 11:3; Ex 20:3-6; Is 43:10-13; Jr 10:2-5).

ASTROS NÃO DEVEM SER CONSULTADOS – (Dt 4:19; Is 47:12-15).

“As coisas encobertas pertencem ao Senhor, nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem a nós e a nossos filhos, para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei” (Dt 29:29).

“Não haja ninguém no meio de ti [...] que se dê à prática de encantamentos, ou se entregue à leitura dos astros, à adivinhação ou à magia, ao feiticismo, ao espiritismo, aos sortilégios ou à evocação dos mortos. Porque o Senhor abomina aqueles que se entregam a semelhantes práticas” (Dt 18:9-12).

“Amados, não creiais em todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus; porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo” (Jo 4:1).

Para o jornalista Fernando de Barros, a declaração de Marcos Caruso é infeliz, no entanto, verdadeira. Em sua opinião, como a televisão vive de audiência, esses tipos de tema ajudam, em muito, a alavancá-la. “As pessoas estão buscando sempre um consolo quando perdem seus entes queridos e não têm a fé em Jesus Cristo”, explica. Ele acredita que esses movimentos de boicote contra a TV não surtem efeito. O melhor, na sua visão, seria fazer um trabalho de esclarecimento com o público, nas igrejas mesmo, mostrando que nem tudo o que se vê é a verdade.
A mesma opinião é compartilhada pelo conferencista e pastor da Igreja Metodista Wesleyana, Silmar Coelho.

“A TV tem função de informar, educar e divertir. Apesar de a TV brasileira ser, profissionalmente, uma das melhores do mundo, a sede pelo poder, dinheiro e audiência tem levado muitos a negociar por baixo os princípios que seus fundadores defendiam ao iniciá-la”.

Até mesmo os canais pagos se renderam ao tema. Proliferam séries utilizando o sobrenatural para chamar a atenção. A mais comentada é a série “Médium”, exibida pelo canal Warner.

Quem Aumenta a Audiência
A atriz e hoje pastora Simone Carvalho é alguém que usa seu testemunho para conquistar outros atores. Com seis novelas no currículo, sendo uma na Globo, ela frisa que a culpa do sucesso de novelas como “O Profeta” e “Eterna Magia” é dos próprios cristãos que as assistem.

“Nos bastidores, os atores não são obrigados a cumprir algum tipo de rito. Tudo acontece na alta cúpula. Durante as gravações, todos os atores conversam e expõem suas preferências religiosas, respeitando-se mutuamente”

conta ela, que diz nunca ter visto velas acesas e guias nos camarins, por exemplo.
A presbiteriana Maria Paes, de 35 anos, sabe que algumas novelas não trazem nada de bom para sua vida espiritual. Ainda assim, ela não resistiu à tentação. Fascinada pela atuação do ator Rodrigo Faro na pele do divertido personagem Tainha, ela se viu envolvida na trama e, por fim, não perdia mais nenhum capítulo de “O Profeta”. Mesmo percebendo que a trama favorecia as virtudes da religião espírita, Maria não trocou de canal. “Era tudo tratado com muita seriedade. Os personagens admiráveis da novela eram os pertencentes ao centro espírita. Eles sempre tinham posicionamentos sensatos, motivações virtuosas e buscavam o bem. Fiquei pasma com o abuso a que o diabo tinha chegado”, analisa.

A conseqüência de manifestações de ocultismo em variados veículos e artes só serão sentidas daqui a algum tempo. O efeito pode criar em todo o Brasil uma população cada vez mais pagã e sincrética. Para a Bíblia, esses sintomas simbolizam o fim dos tempos. Para o mundo, uma nova era. Diante disso, é premente gerenciar pensamentos e emoções, aperfeiçoar o senso crítico e andar muito bem acompanhado, seja de bons amigos, livros, programas, filmes e da própria Bíblia.

Menina de 9 anos é Morta em Ritual de Magia

“Não se ache em ti quem faça passar seu filho ou sua filha pelo fogo”. Deuteronômio 18.10

A ordem expressa em Deuteronômio 18.10 é apenas uma das muitas vezes em que a Bíblia condena o sacrifício de crianças. Mas ainda hoje há quem, em busca de poder sobrenatural, execute crianças em rituais de magia negra. Um desses casos, que teve grande repercussão em todo o país, parece ter chegado ao fim. Policiais de Araçatuba, interior de São Paulo, localizaram, no dia 25 de maio, Vera Petrovich, de 53 anos, e o filho dela, Pero Petrovich, de 19 anos. Eles são acusados de matar Giovanna dos Reis Costa, de nove anos.

Vera e Pero Petrovich são acusados de matar uma menina de nove anos em um ritual para gerar fertilidade no casamento. O crime aconteceu em abril do ano passado em Quatro Barras, no Paraná. A menina foi encontrada nua, em um saco plástico, com braços e pernas amarrados com fios elétricos, em um terreno próximo à casa dos Petrovich. Segundo o laudo do Instituto Médico Legal, ela foi espancada, violentada sexualmente e teve a vagina perfurada por uma espátula cortante, que foi usada para retirar o sangue dos órgãos da região abdominal. Giovanna morreu por hemorragia.

Segundo investigações da polícia do Paraná, os acusados são de uma linhagem cigana e a morte da menina foi parte de um ritual para gerar fertilidade no casamento. Uma adolescente de dezesseis anos, que seria noiva de Pero Petrovich, e o pai dela, que teria ajudado a segurar a criança durante o ritual, ainda estão foragidos. Outras três mortes de adolescentes, em rituais semelhantes, foram registradas em Teresópolis, RJ, e ainda estão sendo investigadas. Há pistas que ligam os casos a parentes de Vera e Pero Petrovich.

O Que Nós Como Cristão Devemos Fazer
O ocultismo é conhecido há muito tempo, e nós cristãos conhecemos todo mal que isso pode fazer, por isso estejamos atentos aos nossos filhos, amigos e famíliares ao ligar a nossa televisão, pois o ocultismo está sempre ali sem que percebamos.


Se percebemos o ocultismo devemos desligar a TV e se afastar de pessoas que têm contato com esse tipo de prática.
Satanás veio pra matar roubar e destruir (Jo 10:10) e ele usa de todos os meios pra que isso aconteça, estejamos atentos e vigilantes o tempo todo e que possamos usar das nossas orações para destruir com tudo que ele tentado fazer.
Amem postado por evangelista alexandre lopea araujo

sábado, 17 de julho de 2010

VIVENDO PELA FÉ, COM UMA DOENÇA TERMINAL

VIVENDO PELA FÉ, COM UMA DOENÇA TERMINAL
Sou cristão desde os 14 anos de idade, quando reconheci que Jesus Cristo é Deus e Salvador, confiei n’Ele como meu Salvador pessoal e Senhor da minha vida. Passei a fazer parte da família de Deus, com a certeza da vida eterna.

Até o início do ano de 2000, minha vida parecia transcorrer num mar de rosas. Alguns espinhos, é claro, mas boa saúde na família, filhos todos empregados, muita paz e muito amor no lar, participação agradável nos trabalhos da igreja, poucas preocupações financeiras, meu escritório de consultoria vinha se desenvolvendo bem, porém em março de 2000 aconteceu o inesperado e a minha vida mudou dramaticamente.

Fui internado em regime de urgência com um quadro de bloqueio intestinal. No dia 31/3 fui operado às pressas, tendo sido retirado um tumor cancerígeno do cólon em estado avançado, muito agressivo e com células cancerígenas já disseminadas pelo corpo.

No término da operação, o médico chamou meus familiares presentes (esposa e dois filhos), nos recriminou por ter deixado a doença chegar a um estado tão avançado e, em resposta à pergunta de um dos filhos, informou que meu estado era muito grave e a previsão médica, desde que eu me submetesse ao tratamento apropriado, seria de aproximadamente mais um ano de vida.

Fui encaminhado ao médico oncologista que, ao me receber na primeira consulta, mentalmente também previu que meu tempo de vida seria de aproximadamente nove meses a um ano. O choque foi terrível! Nossa vida poderia ter se tornado num mar de espinhos, mas não foi isso que aconteceu.

É verdade que de lá para cá tenho feito quimioterapias, intercaladas com mais três cirurgias, em virtude da metástase, inicialmente no fígado, depois no abdômen, no tórax, nos pulmões e no pescoço. Já tive quadro de confusão mental que me levou à UTI com diagnóstico de câncer no cérebro, já perdi (e recuperei) todos os meus cabelos, já tive reações de toda espécie às quimioterapias e tratamentos, já fiquei deprimido, já fiquei exultante, etc.

Atualmente apresento tumores cancerígenos nos pulmões e no tórax que vem aumentando em número e quantidade; os tumores no abdômen, no fígado e no pescoço parecem estar estacionados. Desde dezembro 2002 sou “cobaia” de um tratamento experimental de combinação de quimioterapia com transplante de células sangüíneas de parentes próximos.

Fui obrigado a reduzir minha atividade profissional e minha situação financeira tornou-se mais precária. Passei a viver mais modestamente.

O que tudo isto tem a ver com minha fé cristã?

Tem tudo a ver, pois tenho certeza daquilo que creio e esta certeza é um dos fatores principais, senão o principal, que me mantém vivo com boa qualidade de vida até hoje, e da mesma forma que a minha fé, esta certeza é totalmente racional. Senão, vejamos:

Sei que meu futuro, como de qualquer outra pessoa, apresenta três hipóteses:

1.Deus me levar já, ou seja, eu morrer a qualquer momento. Quando enfrentamos uma doença grave somos forçados a encarar a possibilidade de morrer e isto, de um modo geral, assusta muito as pessoas. Podemos até crer, como cremos, na imortalidade da alma, mas nos apegamos muito à permanência do corpo físico aqui na terra! A minha fé não permite que eu fique apavorado com esta hipótese! O Salmo 23 diz: "ainda que eu ande pelo vale de trevas e morte, não temerei mal algum, pois tu estás comigo". Sei que o nosso Deus está comigo! E mais, sei para onde vou no exato momento em que deixar esta terra: um lugar onde não há mais dor, nem sofrimento, nem choro, nem morte (nem dinheiro, dívidas, repartições públicas, impostos, políticos corruptos, etc). Esta certeza não é fruto de eu ser uma pessoa melhor do que qualquer outra, de ser membro de uma igreja, de tentar praticar boas obras; é fruto, sim, da minha fé na Obra e na Pessoa do Senhor Jesus Cristo, que morreu em meu lugar na Cruz do Calvário e foi ressuscitado ao terceiro dia. Jesus disse: “Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá; e quem vive e crê em mim, não morrerá eternamente". Minha experiência dos últimos quatro anos confirmou que Deus retirou de mim qualquer medo da morte física que virá mais cedo ou mais tarde, pois a vida eterna é prometida por Deus e a ressurreição de Cristo é a garantia da ressurreição de todos os salvos por Deus.

2.Deus pode me deixar aqui por mais algum tempo, curado. Em momento algum deixo de crer que Deus pode curar-me, se Ele assim desejar. Poder para isto, o Criador de todo o universo tem! O fato de me manter vivo, durante todo este tempo, e com boa qualidade de vida, é prova do Seu cuidado e carinho para comigo. Pelas razões apresentadas, acima e abaixo, tenho certeza que Ele sabe se esta é, ou não, a melhor opção para mim.

3.Deus pode me deixar aqui por mais algum tempo, doente. A doença tem trazido muitas bênçãos para mim! Uma maior intimidade com Deus, o reconhecimento da Sua ação em cada momento do meu tratamento, um estreitamento do relacionamento com a família – que tem me apoiado incondicionalmente –, a certeza de ser muito amado por inúmeras pessoas que me apoiam e oram por mim, em todo o mundo, e a oportunidade de conhecer, trocar idéias, consolar e ser consolado por outras pessoas na mesma situação.

Como afirmei anteriormente, estas três hipóteses são aplicáveis a qualquer pessoa – “doente terminal” ou não - na face da terra. O que me deixa tranqüilo é que sou um privilegiado por ter sido salvo pela Graça de Deus, e sei que Ele está no controle da minha vida, do meu tratamento e da minha saúde.

Estou cada vez mais convicto que nada neste mundo - nem mesmo uma “doença terminal” - pode me separar do Amor de Deus que está em Cristo Jesus, meu Senhor e Salvador. Amém!


William Paulo Jones (1938-2004)
(Nota póstuma: Deus levou o irmão Paulo para a Sua presença em 1 de junho de 2004, pouco tempo depois de ter escrito este artigo. Deixou um notável testemunho da sua fé entre os que o rodeavam. R David Jones) postado por evangelista alexandre lopes araujo

OS PERIGOS DA MOCIDADE



O orgulho
Eis o mais antigo pecado do mundo. Deveras, existiu antes do mundo, pois Satanás e os seus anjos caíram pelo orgulho. Ele se encontra em todo coração humano. Faz-nos pensar muito de nós mesmos, recusar todo conselho, rejeitar o Evangelho de Cristo, seguir o nosso próprio caminho; e o orgulho reina poderosamente no coração do jovem!

Quantos moços não ficam presunçosos, ativos e impacientes, desprezando o conselho dos mais velhos! Muitas vezes descorteses e sem modos, consideram como "puritanos", "chatos" ou "antiquados" aos pais e anciãos que querem orientá-los. Imaginam-se sem necessidade de instrução, pois sabem tudo; insistem em ser independentes, e tornam-se descontrolados. Assim foi o rei Roboão, que desprezou o conselho dos anciãos, ministros de seu pai Salomão, e aceitou os pareceres irresponsáveis dos seus próprios colegas. Ceifou o fruto dessa loucura. Há muitos como ele!

Moço, não se orgulhe dos seus conhecimentos, da sua habilidade, da sua força. Você ainda não se conhece a si mesmo nem conhece o mundo. Lembre-se da Escritura que diz: "Não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação" (Romanos 12.3), e: "Revesti-vos da humildade" (Colossenses 3.12); veja como o Senhor Jesus, lavando os pés aos discípulos disse: "Eu vos dei o exemplo" (João 13.13-17), e leia o Seu caráter descrito em Filipenses 2.7-8. O orgulho faz-nos mais semelhantes a Satanás do que a Cristo!

O amor dos prazeres
Na mocidade as nossas paixões são fortes, e nos querem governar. Temos saúde e energia; a morte parece bem longe, e "gozar a vida" é o que mais nos preocupa. Seguir deleites e prazeres é, sem dúvida, o único desejo de muitos jovens. Porém, "guardai-vos das paixões carnais que fazem guerra contra a alma" (1ª. Pedro 2.11); e Paulo diz: "Subjugo o meu corpo e o reduzo à servidão" (1ª Coríntios 9.27). O nosso corpo pode servir-nos bem, mas nunca deve nos dominar.

Aqui exorto a todo jovem: lembre-se do sétimo mandamento em Êxodo 20.14. Evite o adultério, a fornicação e toda a forma de impureza sexual. A violação deste mandamento sempre traz conseqüências desastrosas, tanto no corpo como na alma, quer dos casados quer dos solteiros. Disto Ló, Sansão e Davi são terríveis exemplos. O mundo faz pouco caso deste pecado (especialmente nos homens), porém Deus odeia, e declara que o julgará (Hebreus 13.4). Jovens, "ninguém os engane com palavras vãs, pois por estas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência" (Efésios 5.6). Fujam dos que praticam essa iniqüidade; evitem filmes sujos, e bailes, como também revistas e livros de temas duvidosos. Leiam Mateus 5.28 e evitem conversas e pensamentos que provocam a tentação. Cuidado com os pensamentos lascivos nas horas vagas!

A leviandade
O jovem pouco conhece os perigos desta vida, e anda, sem cuidado. Não tomando tempo para meditar a sério, chega a decisões erradas – e cai em laços e desgostos. Exige-se nesta vida que a gente reflita bem para conseguir a felicidade, especialmente com respeito à nossa alma. "Considerai o vosso caminho", diz a Escritura; pare e pense, moço, a fim de adquirir a sabedoria. Um erro na vida espiritual poderá causar anos de sofrimento, e o pecado quase sempre parece "bom e agradável" na hora da tentação. "Pondera a vereda dos teus pés, e todos os teus caminhos sejam bem ordenados" (Provérbios 4.26). Medita bem na sua conduta, olhe bem para onde vai.

O medo da opinião alheia
É verdade que "o receio do homem" influi muito na conduta da juventude; poucos têm coragem para nadar contra a correnteza. O que os colegas acham certo, é certo; o que a maioria quer fazer, todos devem fazê-lo, ninguém quer ficar o único discordante. "Que pensarão os meus amigos?" torna-se a regra da conduta para muitos.

"Temi o povo, disse Saul, e transgredi o mandamento do Senhor" (1º Samuel 15.24). "Tenho medo dos judeus" disse o rei Zedequias, e recusou o conselho de Jeremias (Jeremias 38.19). Herodes teve medo da opinião dos seus hóspedes e mandou degolar a João Batista (Marcos 6.26). Pilatos receou ofender os chefes judaicos e fez o que a sua consciência condenou – entregou Jesus para ser crucificado. Que escravidão desprezível, e quão comum até hoje!

"Quem pois és tu, para que temas o homem mortal.... e te esqueças do Senhor que te criou?" Is 51.12-13. Afinal o mundo sabe respeitar aqueles que têm coragem de manter as suas convicções e querem servir a deus. Jovens, não se envergonhem de se apresentarem como servos de Deus! Por que agradar aos mundanos? Eles não os agradecerão depois! O mundo não poderá salvar as suas almas, nem dar-lhes uma boa consciência diante de Deus. Tenham coragem, então – "Não temais o opróbrio dos homens, nem vos turbeis pelas suas injúrias" Isaías 51.7, "não seguirás a multidão para fazeres o mal" (Êxodo 23.2); "não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes Aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo" Mateus 10.28.



postado por evangelista alexandre lopes araujo

O QUE SAO “NEFILINS” QUAL O SEU SIGNIFICADO DA BIBLIA

OS “NEFILINS”
Existe muita controvérsia sobre a palavra hebraica “nefilim”, que aparece na Bíblia em Gênesis 6:4 e Números 13:33. Embora não exista no dicionário português, ela se encontra nas versões PJFA e NVI como “nefilins” (embora “nefilim” em hebraico já seja plural).

Segundo os filólogos, essa palavra hebraica tem origem em “nafal”, com muitos significados ao redor de “cair”, como “superar, derrotar, fazer cair”, próprio de homens violentos. A tradução inglesa antiga conhecida como King James Version traduziu a palavra como “gigantes” por influência da Vulgata Latina de Jerônimo. Mas o contexto de Gênesis 6 não revela que eram de grande estatura física, e possivelmente aquela tradução foi influenciada pelo contexto de Números 13:33 onde os filhos de Anaque são chamados de “nefilins” porque “são descendentes dos nefilins”: em Deuteronômio (1:28; 2:10,11,21; 9:2) e em Josué (11:21,22; 14:12,15) encontramos menção dos anaquins, descendentes dos nefilins “um povo grande e alto” (ex. Deuteronômio 2:10). Os tradutores modernos, cautelosamente, evitam agora traduzir “nefilim” para alguma palavra portuguesa.

Isto nos leva a considerar algumas ideias que têm surgido sobre os contextos em que essa palavra foi usada.

Vejamos Gênesis 6:1-5, conforme aparece na NVI: “Quando os homens começaram a multiplicar-se na terra e lhes nasceram filhas, os filhos de Deus viram que as filhas dos homens eram bonitas, e escolheram para si aquelas que lhes agradaram. Então disse o Senhor: Por causa da perversidade do homem, meu Espirito não contenderá com ele para sempre, ele só viverá cento e vinte anos. Naqueles dias havia nefilins na terra, e também posteriormente, quando os filhos de Deus possuíram as filhas dos homens e elas lhes deram filhos. Eles foram os heróis do passado, homens famosos. O Senhor viu que a perversidade do homem tinha aumentado na terra e que toda a inclinação do seu coração era sempre e somente o mal”.

Essa é a pontuação escolhida pelos tradutores, pois os manuscritos hebraicos antigos nâo têm pontuação. Ela resulta em uma sequência de sentenças, cujo relacionamento não é, necessariamente, progressiva.

A primeira informa que a humanidade se multiplicava – o que era o desejo de Deus (Gênesis 1:28). Também esclarece que os “filhos de Deus” viram que as “filhas dos homens” eram bonitas, e escolhiam as que mais lhes agradaram. Parece muito natural que assim fosse. Mas há controvérsia sobre isso: como na sentença seguinte o Senhor castiga o homem por causa da sua perversidade, decerto haveria algum mal naquele casamento entre os “filhos de Deus” e as bonitas “filhas dos homens”! Se assim fosse, a explicação seria obtida ao descobrir quem eram os “filhos de Deus” que assim se distinguiam das “filhas dos homens”, mas casavam-se com elas. As teorias mais espalhadas sobre quem eram os “filhos de Deus” são:

1. Os “filhos de Deus” seriam perversos:

•Seriam anjos maus, pois todos os anjos são chamados “filhos de Deus” no livro de Jó. Eles teriam a habilidade de fecundar as mulheres para que tivessem filhos, que seriam os nefilins, usando, como exemplo, o fato que o Espírito Santo fecundou Maria. Contra isto opomos que o Espírito Santo é Deus criador, e as Escrituras não indicam qualquer possibilidade de uma criatura espiritual fazer tal coisa. Além disso, o Senhor Jesus informou que os anjos não casam, nem se dão em casamento mesmo entre si. Observada a sequência, vemos que os nefilins já existiam antes disso.
•Para contornar esse problema, outra teoria é que anjos maus teriam tomado posse de homens para através deles perversamente ter prole das mulheres. Opomos que, embora se saiba pelo relato bíblico que demônios se apossam de pessoas, isto não dá direito aos homens possessos de se chamarem “filhos de Deus”.
2. Os “filhos de Deus” seriam os antigos santos:

•Haveria uma linha de descendentes piedosos a partir de Adão através do seu filho Sete, e seu filho Enos, pois “nessa época começou-se a invocar o nome do Senhor” (Gênesis 4:26). Estes seriam os “filhos de Deus”, fazendo parte da ascendência de Maria (Lucas 3:23-38). A teoria tem muita aceitação, pois em Lucas 3:38 Adão é chamado “filho de Deus”.
•Finalmente, é mais provável que todos os homens piedosos fossem chamados “filhos de Deus” neste pequeno trecho, assim como são os que agora colocam a sua fé no Senhor Jesus Cristo. Lamentavelmente, assim como acontece agora, os homens piedosos eram atraídos pela formosura física de mulheres carnais, e do seu casamento vinham filhos que acompanhavam as suas mães, ímpios e distantes de Deus. Assim se explica o fato que, de toda a descendência de Adão, apenas um homem, Noé com sua família, foi salvo do extermínio. É de se notar que os seus antecessores da linhagem deSete morreram todos por causas naturais antes do dilúvio, assim não sofrendo o castigo da ira de Deus.
A segunda sentença parece nos dizer que, naquele tempo (algum tempo antes do dilúvio) o Senhor determinou que o Seu Espírito não contenderia com o homem para sempre e que sua vida seria reduzida para cento e vinte anos. Muitos entendem que isto aconteceu cento e vinte anos antes do dilúvio, quando mandou Noé fazer a arca, e a humanidade teve esse tempo para se arrepender.

A terceira sentença nos fala dos nefilins que estavam na terra: existiram tanto antes como depois dos casamentos mistos, logo é incorreto pensar que foram resultado deles.

A quarta sentença esclarece que os nefilins foram os heróis do passado, homens famosos. Enfim temos uma descrição, curta, mas bastante esclarecedora, sobre quem eram eles. Acrescentada ao que se sabe da origem da palavra, que vimos acima, concluímos que os nefilins seriam do tipo dos que hoje em dia chamamos “barões” da política, da indústria, do comércio, das drogas, etc. Os “gigantes” – não em estatura necessariamente – mas em domínio, poder, tirania, liderança pela força. Homens como Napoleão, Stalin, Hitler e Mussolini seriam alguns dos nefilins mais recentes.

A última sentença nos diz que o Senhor viu a perversidade do homem aumentando sobre a terra, “e que toda a inclinação do seu coração era sempre e somente o mal”. Tão incorrigível era a situação da humanidade que Ele a destruiu completamente com o dilúvio, salvando apenas Noé e a sua família e exemplares dos animais que também foram destruídos.

Os nefilins daquele tempo desapareceram, mas apareceram outros em Canaã: “Também vimos ali os nefilins, isto é, os filhos de Anaque, que são descendentes dos nefilins; éramos aos nossos olhos como gafanhotos; e assim também éramos aos seus olhos” (Números 13:33 - PJFA). Não podiam ser descendentes dos nefilins pré-diluvianos, pois não sobrou nenhum, a não ser que Noé fosse um deles, o que é muito improvável, além disso, toda a humanidade depois de Noé era descendente dele e, como ele, de Sete e de Adão… Os espias incrédulos poderiam estar exagerando a grandeza dos anaquins.

Todos os anaquins foram destruídos pelos israelitas por ordem do SENHOR, salvo alguns que ficaram em Gaza, em Gate e em Asdode (Josué 11:22). Curiosamente Golias, com cerca de três metros de altura, campeão dos filisteus, veio de Gate para combater os israelitas, e foi morto por Davi.

Esta é uma advertência aos crentes contra tomar sobre si o jugo desigual no casamento. Eles correm risco de desgraça, de ter o pesar de ver os seus filhos distantes do Senhor, irreverentes e desobedientes. Mesmo que se tornem poderosos e influentes como os nefilins, estão destinados à destruição como foram aqueles. A humanidade em nossos dias está assemelhando-se à dos tempos antediluvianos, com sua perversidade, inclinação para o mal, rebeldia a Deus... e nefilins. Estão se aproximando os “dias do Filho do homem” (Lucas 17:26,27) e estejamos vigilantes e prontos para a Sua vinda (Mateus 24:37-44).
postado por evangelista alexandre lopes araujo

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Os Últimos Dias LIÇÃO 13 - DANIEL 12:1-13



IV. A Visão De Daniel Dos Últimos Dias, Capítulos 10 - 12 (Continuação)
G. Tribulação e fim, 12:1-7.
12:1 S Durante o domínio romano haveria uma grande catástrofe, “qual nunca houve, desde
que houve nação”. Jesus confirmou esta profecia quando ele falou sobre a destruição de
Jerusalém em Mateus 24:21-22 e Marcos 13:19-20. Os discípulos se livraram porque Jesus os
tinha prevenido quanto aos sinais da destruição iminente. Ele até tinha ligado a destruição de
Jerusalém com a profecia de Daniel (Mateus 24:15; Lucas 21:20-22).
12:2-3 S Isto não aponta necessariamente para a ressurreição final, mas antes a uma
ressurreição espiritual. Ele diz que “muitos”, em vez de “todos,” se erguerão. No final da
ressurreição, “todos” sairão dos túmulos (João 5:28-29). Além disso, quando isto é ligado com
o versículo 10, os “muitos” que são purificados são contrastados com os ímpios que continuam
a proceder impiamente. Daniel 12:2 é cumprido na ressurreição espiritual daqueles que
aceitaram Cristo (João 5:25). Mas “alguns” que obedeceram voltaram à vergonha e desprezo
eternos (Mateus 24:12-13) enquanto “alguns” permaneceram fiéis à vida eterna.
12:4-6 S O livro seria selado e guardado para “os últimos dias.” Um dos dois anjos pergunta,
“Quanto tempo levará até o fim destas maravilhas?” Oito vezes nestes capítulos “o fim”
(referindo a um tempo indicado) é mencionado (11:27, 35, 40; 12:4, 6, 8-9, 13). Será que isto
se refere a: ì o fim do mundo; í o fim do sistema judaico e economia; ou î o fim de Roma,
que marcou o fim dos reinos mundiais pagãos? Nada indica que o fim do mundo seja indicado,
e o fato que o tempo na terra tem continuado centenas de anos depois que os quatro reinos
mundiais passaram, prova que Daniel não tinha em vista o fim deste mundo. Há razões
plausíveis para aceitar qualquer dos dois últimos pontos de vista.
12:7 S O mensageiro vestido de linho identificou que seria “quando se acabar a destruição do
poder do povo santo”. A referência a “tempo, dois tempos e metade de um tempo” também
foi usada em Daniel 7:25 e parece claramente paralela ao período descrito em Apocalipse 12:4
(cf. Apocalipse 11:4; 12:6; 11:2; 13:5). No Apocalipse tinha sido dado poder a Roma para
perseguir o povo de Deus durante este período. Contudo, chegou a hora quando Roma caiu
como império mundial, enquanto que o reino de Deus continuou. O povo de Deus pode ter
sido espalhado e perseguido, mas não foi destruído.
H. Triunfo, 12:8-13.
12:8-9 S Daniel não entendeu a resposta dada, mas foi-lhe dito: “Vai, Daniel, porque estas
palavras estão encerradas e seladas até ao tempo do fim”. Este talvez se ajuste melhor ao tempo
quando Roma caísse, pois em Apocalipse 10:7, quando a sétima trombeta soou, foi dito:
“cumprir-se-á, então, o mistério de Deus, segundo ele anunciou aos seus servos, os profetas”.
Os reinos mundiais pagãos não atingirão uma estabilidade duradoura. Somente o reino de
Deus é um reino indestrutível (Daniel 2:44; 7:13; 7:25-27; Hebreus 12:28).
12:10 S Ainda que os ímpios continuem na impiedade, os justos serão capazes de perseverar,
porque têm entendimento de que Deus verdadeiramente domina nos reinos dos homens e,
enfim, os justos serão vitoriosos (Apocalipse 13:9-10,18; 14:12-13).
12:11 S O significado deste versículo não é determinado facilmente. Talvez os 1.290 dias sejam
o período entre dois eventos significativos que esmagaram o sistema judaico de adoração. O
tempo em que o “sacrifício diário” foi afastado é o tempo mencionado em Daniel 11:31 e Daniel
8:11, quando Antíoco Epifânio desconsagrou o templo. Esta foi a primeira “abominação” posta.
Mas houve uma segunda vez, e Jesus a identifica claramente com a destruição do templo,
quando Jerusalém foi destruída em 70 d.C. (veja Mateus 24:15; Lucas 21:20-22; Daniel 9:26-
27). Por que 1.290 dias são usados para descrever o tempo entre estes dois eventos? Nenhuma

resposta definitiva pode ser dada. O estilo apocalíptico de números tornando-se antes simbólico
do que literal, talvez se refira a um período indefinido, mas um que somente Deus sabia e sobre
o qual ele tinha comando.
12:12 S Abençoado seja aquele que chega aos 1335 dias. De novo, somos deixados somente
a especular quanto ao significado. A destruição de Jerusalém ocorreu no ano 70 d.C. e,
enquanto isto marcou um tempo significativo na história do povo de Deus, um momento ainda
maior foi quando o reino de Deus provou-se indestrutível. Roma tentou esmagar a igreja mas,
em vez disso, a própria Roma caiu. A batalha de Armagedom, seguida pelo reino de Cristo de
mil anos, é um tempo de grande alegria para o povo de Deus (Apocalipse 20:6; Daniel
7:18,22,27). Esse ponto no tempo foi subseqüente à queda de Jerusalém e marcado por um
acréscimo de mais 45 dias simbólicos. Os impérios mundiais pagãos foram terminados;
somente o reino de Deus é universal por natureza (Daniel 2:44-45).
12:13 S Estas coisas seriam cumpridas num futuro distante, mas Daniel ficaria confirmado
como um profeta verdadeiro.
EVENTOS SIGNIFICATIVOS COM O POVO DE DEUS
TEMPLO POLUÍDO JERUSALÉM DESTRUÍDA ROMA CAI
(Antíoco Epifânio) (pelos romanos) (Armagedom)
Sacrifício diário ÿ (1290 dias) ÿ Economia judaica ÿ (45 dias) ÿ Reino de Deus
afastado cai permanece
“Abominação desoladora” “Abominável da desolação” Santos possuem o
Daniel 8:11; 11:31 Daniel 9:26-27; 12:11 reino
Mateus 24:15; Lucas 21:20-22 Daniel 7:18;22,27
Ap.19:20 - 20:6
(1335 dias)
Perguntas sobre Daniel 12:1-13
I. Responda às perguntas, dando as citações bíblicas
1. Qual seria o tamanho da calamidade quando Miguel se levantar?
2. Quem, exatamente, seria libertado nesse tempo?
3. Para quê muitos que dormem no pó acordarão?
4. Quem brilharia como as estrelas para todo o sempre?
5. Por quanto tempo Daniel teria que calar as palavras e selar o livro?
6. O que foi perguntado ao homem vestido de linho?
7. Quando ele disse que todas estas coisas estarão terminadas?
8. Quem entenderia?

9. Com o que os 1.290 dias começarão?
10. Quem ele disse que é “abençoado”?
II. Verdadeiro ou Falso?
V F 1. Os sábios brilharão como o brilho do firmamento.
V F 2. As palavras do livro tinham de ser seladas até o tempo do fim.
V F 3. Daniel viu só um homem à margem do rio.
V F 4. Os ímpios se portarão impiamente e não entenderão.
V F 5. Foi dito a Daniel que seguisse seu caminho até que fosse o fim.
III. Pesquisa
Onde está a passagem do Novo Testamento na qual Jesus descreve o destino de “todos” os que
estão nos túmulos?
IV. Pergunta para Pensar
Há muitas profecias no livro de Daniel que ainda não se cumpriram?
Explique sua resposta.
postado por evangelista alexandre lopes araujo

sexta-feira, 2 de julho de 2010

O M12 E Método de Evangelismo ou Heresia?


No meio de tanta polêmica, pastores, líderes e membros de igrejas não sabem qual a posição tomar



Uma das características de grande parte da Igreja Evangélica Brasileira é a sua avidez por novidades. Vários segmentos evangélicos não se contentam mais com a antiga doutrina pregada pelos apóstolos e pais da Igreja mais tarde defendida pelos Reformadores e vivem numa busca constante de novidades e modismos doutrinários. Um assunto que ainda gera discussões é a Visão Celular.

Hoje, sete anos após o surgimento do G-12 no Brasil como método de crescimento para a igreja, as opiniões sobre o sistema de células pelo modelo dos 12 continuam gerando polêmica. Para alguns pastores, a visão é a solução para a igreja de Cristo; para outros, um movimento herético. Mas, afinal de contas, o que é o Movimento de Igreja em Células no Modelo dos Doze? Qual a sua similaridade com a igreja em células desenvolvido pelo pastor coreano David Yonggi Cho? Por que os parâmetros e métodos do G-12 ainda estão causando tanta polêmica?

O Movimento de Igrejas em Células no Modelo dos Doze, mais conhecido por G-12 (Grupo dos 12) ou Visão Celular, foi criado pelo pastor colombiano Cézar Castellanos Dominguez, da Missão Carismática Internacional (MCI), em 1991. Isso ocorreu após sua visita à Igreja Central do Evangelho Pleno, do pastor David Yonggi Cho, a maior do mundo, e que funciona com o sistema de células.

De acordo com a visão, a igreja deve ser subdividida em grupos que se reúnem nas casas, onde participam de estudos bíblicos e orações sob a coordenação de um líder. Assim que a célula atinge a meta de 24 membros, é dividida em duas de 12 membros cada, e assim por diante. Dessa forma, o G-12 é tratado como uma estratégia para frutificação rápida e eficaz da igreja, cujo princípio é ganhar, consolidar, discipular e enviar.


Em agosto de 1998, o brasileiro Renê Terra Nova, da Igreja Batista da Restauração de Manaus, participou de um encontro em Bogotá, Colômbia, e, inspirado no trabalho do apóstolo Cézar Castellanos, fundou o Ministério Internacional da Restauração (MIR), do qual é presidente. No final de março de 2005, Terra Nova se desligou do G-12, quando rompeu com Castellanos e adotou para si e sua igreja uma nova nomenclatura – Visão Celular (Movimento Celular, M12). No Brasil, outras duas lideranças significativas, o bispo Robson Rodovalho, fundador do Ministério Comunidade Sara Nossa Terra, e a apóstola Valnice Milhomens, da Igreja Nacional do Senhor Jesus Cristo, também abraçaram a visão do G-12.


DEUS FACE A FACE

A grande polêmica sobre se o modelo é herético ou não está baseada no Encontrão e na forma como os participantes são direcionados a atuar, já que existe uma promessa de que os que participarem estarão face a face com Deus. Antes do Encontro, entretanto, é necessário que todos passem pelo Pré-Encontro, que consiste em quatro palestras preparatórias. Nessa ocasião, é pedido a todos sigilo absoluto quanto a tudo que irão ouvir e ver a partir daquele momento. Existe também o Pós-Encontro, que ratifica o aprendizado.

A visão traz renovação, diz o bispo Rodovalho. Segundo ele, o fato de algumas pessoas a entenderem como heresia é por não a conhecerem a fundo ou mesmo pelos exageros cometidos por algumas igrejas na hora de aplicá-la. O ‘Encontro é uma espécie de retiro onde as pessoas que estão chegando à igreja recebem orientações sobre a visão. Durante dois dias e meio falamos sobre batismo com o Espírito Santo, em cura interior, quebra de maldição e maldição hereditária. São doutrinas que, a gente sabe, estão dentro do nosso dia-a-dia. A visão comporta isso. O Pré-encontro, o Encontro e o Pós-encontro dão legalidade para começarmos a entendê-la, explica, ressaltando que tudo o que é feito com exagero traz problemas e distorções.

Mas, para alguns pastores, os problemas vão além de exageros e distorções. Para eles, o Encontro torna-se um equívoco quando as pessoas colocam nele suas esperanças de que verão Deus face a face. É o caso do pastor Luiz Roberto dos Santos, da Igreja Batista de Neves, em São Gonçalo, cidade localizada na região metropolitana do Rio de Janeiro. Não preciso ir ao encontro para analisar o que é certo ou errado. Se vou a um lugar onde Deus haverá de manifestar-se, isto gera uma visão pagã sobre Ele, gera idolatria e uma falsa teologia. Creio em um Deus que não brinca de esconde-esconde e que não se revela através de segredos esotéricos. Ele se manifesta integralmente e totalmente a cada um de nós. Não marca encontro em algum lugar, mas se revela onde nós estamos, disse.

De acordo com Marcio Argachf, autor de um estudo sobre os enganos do movimento, datado de março de 2005, Castellanos revelou aos seus seguidores que, a partir daquele momento, ia querer receber um determinado valor das igrejas que usassem a marca G-12. Por isso é comum hoje encontrarmos igrejas que não mais usam o termo G-12, mas continuam aplicando os mesmos ensinamentos, ou melhor, distorções doutrinárias aprendidas enquanto seguiam o colombiano, explica Márcio em seu texto. Hoje, é natural ouvir falar em M12, Visão Celular, Igreja em Células, que se utilizam dos mesmos ensinamentos originais do G-12.


postado por evangelista alexandre lopes araujo