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sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

O Livro de 1 Pedro

O Livro de 1 Pedro
- por evangelista alexandre lopes

1:1-21 "Gerados de Novo para uma Viva Esperança"
1:22 - 2:10 O Povo Escolhido
2:11 - 3:7 Sejamos Luzes!
3:8 - 4:6 Que Jesus Seja Senhor em Nosso Coração
4:7-19 Glorificando a Deus como um Cristão
5:1-14 Precisamos Estar Alertas e Vigilantes

1 Pedro 1:1-21
"Gerados de Novo para uma Viva Esperança"

No ano 64 d.C., uma grande parte da cidade de Roma foi queimada. Alguns acreditavam que o imperador Nero era o responsável, tentando abrir espaço para seus projetos de construção. Enfrentando tais acusações, o próprio Nero acusou um grupo de pessoas já vistas com suspeita pelo público em geral, os cristãos. Durante mais ou menos o mesmo período de tempo, os judeus da Palestina se rebelaram contra os romanos. Essa rebelião tornou-se uma guerra, no ano 66 d.C., que terminou com a destruição de Jerusalém e da nação judia.

Ambos eventos resultaram em perseguição aos cristãos. Nero perseguiu os cristãos em Roma veementemente e foi provavelmente o responsável pelas mortes de Pedro e Paulo. Alguns cristãos sofreram devido ao conflito entre os judeus e os romanos, porque estes freqüentemente não faziam distinção entre aqueles judeus que eram cristãos e aqueles que não eram.

O apóstolo Pedro escreveu sua primeira epístola durante este período. Ele entendia que muitos cristãos iriam enfrentar severa perseguição. Seu propósito era advertir seus leitores contra a tribulação iminente e encorajá-los a permanecerem fiéis durante esses tempos difíceis.

O que poderia Pedro escrever àqueles cristãos espalhados através da Ásia Menor que pudesse capacitá-los a suportar a feroz tempestade de perseguição? Pedro decidiu começar salientando as bênçãos espirituais gozadas por seus leitores (1 Pedro 1:3-12). Eles tinham "renascido" através do batismo para uma viva esperança, uma herança celestial que ele descreve em termos negativos (incorruptível, sem mácula, imarcessível) porque não há nada neste mundo comparável ao esplendor do céu (1:3-4). Pedro ainda destaca o privilégio especial de seus leitores, observando a salvação que eles receberiam na revelação de Jesus Cristo (1:5,9). A fé deles, testada pela perseguição, era mais preciosa do que o ouro refinado pelo fogo e resultaria em louvor, glória e honra quando Jesus retornasse (1:7). Nem mesmo profetas do Velho Testamento, que falaram das bênçãos espirituais que acompanhariam a morte de Cristo, não gozaram a abençoada posição destes cristãos (1:10-12)!

Em vista de tais bênçãos espirituais, Pedro manda que seus leitores preparem suas mentes e esperem a graça que receberão no futuro (1:13). Além disso, eles precisavam buscar a santidade através da obediência que é adequada àqueles que foram redimidos pelo inestimável sangue de Jesus Cristo (1:14-19). A esperança cristã da glória repousa no fato que Deus ressuscitou Jesus dos mortos (1:21).

Perguntas para estudar:

Por que Nero perseguiu os cristãos?


Por que Pedro escreveu sua primeira epístola?


Como Pedro descreve a herança do cristão?


Em vista de suas bênçãos espirituais, que responsabilidade tem o cristão?


por evangelista alexandre lopes

Leia mais sobre este assunto:
Santificação
Estudo Textual: 1 Pedro 1:22 - 2:10 O Povo Escolhido


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1 Pedro 1:22 - 2:10
O Povo Escolhido

Pedro começou sua primeira carta observando os privilégios espirituais de seus leitores (1:1-12). Baseado nessas bênçãos, ele continuou a exortar estes cristãos (1:13) e continuou no texto deste artigo. Seus leitores tinham sido purificados através da obediência à verdade e precisavam amar uns aos outros com amor fervoroso e sincero.

Estes cristãos tinham renascido espiritualmente através da palavra de Deus, descrita por Pedro como uma semente incorruptível. Normalmente, uma semente plantada apodrecerá quando a planta germinar. A palavra de Deus, contudo, é viva e permanente, como foi observado por Isaías (40:6-9; citado em 1:24-25). Não somente está vivendo a palavra de Deus, no sentido de persistir para sempre, mas é capaz de produzir vida espiritual naqueles que a obedecem.

À luz do seu renascimento espiritual e a necessidade de amar um ao outro, obrigou aos discípulos a se afastarem daqueles mesmos traços de caráter que são contrários a tal amor (2:1). Ao mesmo tempo, eles precisavam ter o mesmo desejo ardente do leite puro da palavra que uma criança recém nascida tem do leite de sua mãe (2:2). Como cristãos, eles já tinham "experimentado" a bondade de seu Salvador!

Contudo, nem todos têm a mesma apreciação por Jesus. Para alguns, Ele é precioso, mas para outros, é uma pedra de tropeço e uma rocha de ofensa (2:7-8). A diferença não está em Jesus; é o coração das pessoas que ouvem sua mensagem. Pedro descreve Jesus como uma "pedra viva," assim fazendo uma ligação com uma profecia de Isaías (28:16) no versículo 6. Ainda que Deus escolhesse Jesus para ser a pedra principal do alicerce de sua casa espiritual, a nação judaica, como um todo, rejeitou Jesus como o Cristo. Pedro observa que a rejeição dos homens não anulou a escolha de Deus (2:4).

Pedro continua a figura já começada, descrevendo os cristãos como "pedras vivas" também. Todos os cristãos, em toda parte, constituem uma casa espiritual, a igreja. O apóstolo então combina outra figura, descrevendo aqueles mesmos cristãos como sacerdotes que oferecem sacrifícios espirituais nesse "templo vivo," através de Jesus Cristo, nosso sumo sacerdote celestial (veja Hebreus 4:14).

Pedro ainda descreve seus leitores exatamente do mesmo modo que o povo antigo de Deus, a nação de Israel, foi descrito (Êxodo 19:5-6). Sob o novo pacto, a igreja é o povo escolhido de Deus, uma nação santa, possessão exclusiva de Deus (veja 1:16). Que privilégio é pertencer a Deus, liberto do poder das trevas, e ter a oportunidade de proclamar sua majestade aos que estão em nossa volta!

Perguntas para estudar:

1. Como estes cristãos tinham sido purificados? Pela fé somente?

2. Só uma classe especial de cristãos deve ser designada como sacerdotes?

3. É a casa espiritual de Deus um edifício construído com tijolos e argamassa?

4. É a nação física de Israel o povo escolhido de Deus, nos dias de hoje?

-por evangelista alexandre lopes

Leia mais sobre este assunto:
O Começo da Igreja - Atos 2
O Que é a Igreja?
Estudo Textual: 1 Coríntios 3:1-23 Cristãos Carnais


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1 Pedro 2:11 - 3:7
Sejamos Luzes!

Jesus descreveu seus discípulos como a luz do mundo (Mateus 5:14,16). De modo semelhante, Pedro referiu-se ao privilégio dos cristãos de proclamar "as virtudes daquele que vos chamou das trevas para sua maravilhosa luz" (2:9). No texto que estamos estudando neste artigo, Pedro explica como seus leitores podem ser a luz do mundo.

Em 2:11-12, se encontra o princípio básico por trás das exortações deste texto. Os cristãos precisam abster-se de paixões carnais e manter conduta exemplar diante dos incrédulos (não cristãos são referidos como "gentios," usando a linguagem do Velho Testamento de uma maneira figurativa). Pedro oferece três razões para estas exortações: Os cristãos são peregrinos e forasteiros e não residentes permanentes e cidadãos deste mundo; Paixões carnais fazem guerra contra a alma; e Para que os incrédulos possam ser influenciados favoravelmente pela conduta dos crentes.

Pedro não se contenta em exortar de um modo geral. Em 2:13-17, ele escreve sobre a responsabilidade dos cristãos para com o governo civil. Ele continua nos versículos 18-25 a descrever a conduta apropriada dos servos para com seus senhores. No capítulo 3:1-6, ele aplica o mesmo princípio de 2:11-12 ao caso de mulheres casadas com esposos incrédulos. Ele termina este trecho exortando os esposos a tratarem suas esposas com consideração e dignidade adequadas (3:7).

Qual é a responsabilidade para com o governo civil? A função própria do governo civil é punir o malfeitor e recompensar aqueles que fazem o bem (2:14). Devemos submeter-nos a todos os níveis de autoridade, contudo, não apenas para evitar o castigo da lei civil, mas porque o Senhor ordena tal obediência (2:13-14). Natural-mente, qualquer lei humana que conflite com nossas obrigações para com Deus tem que ser desobedecida (veja Atos 4:19; 5:29).

Os servos precisavam ser submissos aos seus senhores, ainda que esses senhores fossem duros e cruéis (2:18). Se os servos fossem tratados injustamente por seus senhores, Deus se comprazeria quando esses servos suportassem pacientemente tal sofrimento por amor de sua consciência para com ele, recusando-se a retribuir o mal com o mal (2:19-20). Que responsabilidade difícil! Pedro nota que Jesus nos deu o exemplo perfeito, sofrendo como um malfeitor ainda que não tivesse cometido nenhum pecado (3:21-22). Jesus se submeteu a tal sofrimento sem ultrajar seus perseguidores ou ameaçar retribuição.

O efeito de uma atitude piedosa se estende a nossas próprias famílias. Pedro afirma que mulheres piedosas talvez possam influenciar seus maridos a obedecer ao evangelho pela sua conduta e seu vestir modestos (3:1-6).

Perguntas para estudar:


Quais são as duas exortações que Pedro faz em 2:11-12?


Qual exemplo de sofrimento paciente Pedro cita?


Quais as responsabilidades das esposas que Pedro discute no capítulo 3?

-por evangelista alexandre lopes

Leia mais sobre este assunto:
A Relação do Cristão com o Governo
A mulher cristã pode usar jóias?
O Propósito de Deus para a Família
Sujeitai-vos Uns aos Outros


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1 Pedro 3:8 - 4:6
Que Jesus Seja Senhor em Nosso Coração

Nos capítulos 2 e 3, Pedro escreveu a respeito da conduta adequada dos cristãos para com o governo (2:13-17), senhores (2:18-25) e esposos descrentes (3:1-6). Depois de se dirigir aos esposos crentes em 3:7, ele conclui esta parte observando que todos os cristãos deverão mostrar compaixão e humildade para com os outros (3:8-9). Antes de retribuir o mal com o mal, os cristãos deverão abençoar os outros porque eles próprios receberam uma bênção. Como se fosse para identificar a condição abençoada daquele que se converte do mal e busca o bem, Pedro cita o Salmo 34:12-16. "Os olhos do Senhor repousam sobre os justos, e os seus ouvidos estão abertos às suas súplicas" (3:12).

Geralmente a boa conduta de nossa parte resultará em bom tratamento por outros, mas ocasionalmente os cristãos sofrerão por amor à justiça (3:13-14). Como poderia um cristão responder quando sofre injustamente? Ele deverá reconhecer que é abençoado por Deus, santificar o Senhor em seu coração e estar pronto a responder a quem quer que questione sua esperança (3:14-15). Antes que temer as ameaças dos perseguidores, o cristão deverá entronizar Jesus como Senhor, Aquele que tem autoridade, dando-lhe o comando sobre seu coração. O cristão precisa responder às perguntas dos outros com mansidão e temor, não dando nenhuma oportunidade com sua atitude para que o incrédulo difame o nome de Cristo (3:15-16).

Pedro recorda seus leitores de que Jesus também sofreu injustamente, morrendo pelos pecados dos outros (3:18). Contudo, mais tarde ele foi exaltado à direita do Pai, com anjos, autoridades e poderes submissos a ele (3:22). Os cristãos precisam assumir a atitude que Cristo tinha, recusando o pecado (4:1). Os descrentes acharão estranho que os cristãos não estejam continuando nos mesmos pecados que cometiam no passado e podem até mesmo falar mal deles por causa de sua mudança de conduta, mas tanto crentes como descrentes serão julgados pelo Senhor (4:4-5).

O evangelho foi pregado para que, em vista deste julgamento, os homens possam ter vida espiritual (4:6). Pedro afirma que o Senhor também pregou ao povo que vivia no tempo de Noé. Noé foi um pregador da justiça e, através dele, o Espírito de Cristo pregou àqueles que viveram antes do dilúvio, mas eram espíritos na prisão quando Pedro escreveu (2 Pedro 1:21; 2:5; 1 Pedro 3:18-20; Lucas 16:19-31). Tendo mencionado Noé, Pedro observa que Noé e sua família foram salvos por meio da água justo como as pessoas são hoje salvas por meio do batismo, como "a indagação de uma boa consciência para com Deus" (3:20-21).


Perguntas para estudar:


Porque os cristãos deverão recusar retribuir o mal com o mal?

Com qual atitude deverão os cristãos responder àqueles que questionam sua esperança?

Quem Pedro citou como um exemplo de sofrimento injusto?

A que Pedro comparou a água do dilúvio?

por evangelista alexandre lopes

Leia mais sobre este assunto:
"Salvos, Através da Água"
O batismo é obra de justiça?
A paciência de Deus: um aspecto importante do seu amor
O Batismo e a Salvação


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1 Pedro 4:7-19
Glorificando a Deus como um Cristão

"O fim de todas as cousas está próximo!" (4:7). Nossos pensamentos imediatamente se voltam para o retorno de Cristo e o fim do mundo. Num sentido, a volta de Cristo está sempre próxima porque não sabemos quando ele voltará. É mais provável, contudo, que Pedro esteja falando da destruição de Jerusalém e do fim da economia judaica. Jesus tinha dado sinais pelos quais os cristãos poderiam saber que a destruição de Jerusalém estava próxima (veja Mateus 24, especialmente o versículo 34). Pedro escreveu sua primeira epístola não muito antes da guerra romano-judaica e a maior importância geral dada à persegui-ão iminente apóia melhor a idéia de que Pedro tem em mente este acontecimento penoso do primeiro século.

Os destinatários desta epístola não se deveriam surpreender se fossem perseguidos por causa de Cristo. Em vez disso, deveriam regozijar-se por serem capazes de participar de algum modo dos sofrimentos de Cristo, aquele que sofreu por amor à justiça (4:12-13). De fato, os cristãos são abençoados em tal sofrimento (veja Mateus 5:10-12). Enquanto estamos sofrendo pelo nome de Cristo antes que por nossos próprios pecados, podemos glorificar a Deus através do nome de cristão (4:14-16).

No meio desta perseguição, será muito importante que os irmãos tenham intenso amor uns pelos outros, praticando a hospitalidade e usando seus dons, tanto os naturais como os milagrosos, em benefício dos irmãos e da glória de Deus (4:8-11). Contudo, o amor não "ignora" os pecados de nosso irmão; antes protege-os por meio da correção e do perdão (4:8; veja também Tiago 5:19-20).

Em 4:17-18, Pedro usa dois argumentos que avançam de um fato certo para outro ainda mais certo (isto é, do menor para o maior) para apontar a abençoada condição dos cristãos mesmo em vista da perseguição. Ele observa que a casa de Deus, a igreja, seria julgada por meio da perseguição que viria. Pode-se esperar que o povo de Deus seja preservado do sofrimento. Contudo, se o povo de Deus não escapar ao "julgamento" em forma de perseguição, é mais certo ainda o fato que o desobediente será "julgado" por Deus na-quele dia final (4:17). Por raciocínio seme-lhante, se a pessoa justa só é salva com dificuldade, qual será o fim do injusto (4:18)?

Pedro conclui observando que aqueles que sofrem por amor da justiça podem suportar tais dificuldades do mesmo modo que Jesus suportou seu sofrimento. Eles devem confiar suas almas ao seu Criador fiel que fará justiça no julgamento final (4:20; 2:23).

Perguntas para estudar:

Qual deverá ser a resposta dos cristãos quando sofrerem por Cristo?


Se a pessoa justa será salva com dificuldade, pode a pessoa injusta esperar ser salva?


Como podemos suportar o sofrimento como cristãos?

-por evangelista alexandre lopes

Leia mais sobre este assunto:
O desencorajamento
"Guerras e Rumores de Guerras"Entendendo a Profecia de Mateus 24
As Últimas Palavras de Estêvão


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1 Pedro 5:1-14
Precisamos Estar Alertas e Vigilantes

Nos capítulos três e quatro, Pedro advertiu seus leitores sobre a perseguição que estava chegando e instruiu-os sobre como responder. No texto deste artigo, Pedro volta sua atenção para os presbíteros entre seus leitores. Se a igreja passaria por tempos difíceis, era especialmente importante que seus chefes estivessem conscientes e cumprissem suas responsabilidades.

O próprio Pedro era um presbítero (5:1). Ele encarregou os presbíteros entre seus leitores de pastorear "o rebanho de Deus que há entre vós," usando a figura do pastor para descrever o trabalho de um presbítero do mesmo modo que Paulo fez quando falava com os presbíteros efésios (Atos 20:28). Os pastores precisam alimentar, guiar e proteger o rebanho (veja Salmo 23). Em termos espirituais, eles têm que ensinar os membros da congregação que supervisionam. Os pastores precisam guardar o rebanho contra os falsos mestres, que são freqüentemente comparados com lobos que entrarão no rebanho, não poupando as ovelhas (veja também Mateus 7:15; Atos 20:29; Tito 1:5-11).

Pedro observa a razão, o motivo e o modo do serviço deles como pastores numa série de três contrastes. Estes homens têm que desejar o trabalho de um pastor, e não se sentirem constrangidos a fazê-lo. Os presbíteros deveriam cumprir seus deveres pelo bem que podem fazer e não pelo propósito de lucro financeiro pessoal. Além disso, pastores têm que ser bons exemplos e assim conduzirem o rebanho, não sendo "dominadores" sobre ele (5:2-3). Os presbíteros precisam não esquecer que são pastores sob o Pastor Supremo; o rebanho que estão pastoreando não é deles próprios (5:4).

Tendo se dirigido aos presbíteros, que seriam homens mais velhos, Pedro também admoesta os jovens cristãos (5:5-7). Eles deveriam submeter-se aos seus anciãos e humilhar-se diante do Senhor; Ele cuidaria deles e os exaltaria no tempo devido.

Pedro adverte seus leitores sobre o adversário deles, o diabo. Enquanto Deus cuida de seus filhos, eles precisam estar alertas para resistirem ao diabo. Pedro pinta o diabo como um predador voraz que consumirá sem piedade aqueles que não ficarem vigilantes. Contudo, aqueles que estão firmes na fé podem resistir a ele (5:8-9; veja também Tiago 4:7).

Pedro oferece uma oração em favor de seus leitores, pedindo a Deus que os apoie e os fortaleça. Em sua oração, ele relembra aqueles cristãos que enquanto o sofrimento deles é temporário, eles foram chamados para a eterna glória (5:10-11). Pedro conclui sua epístola com várias saudações pessoais (5:12-14).

Perguntas para estudar:

Qual figura Pedro usa para descrever os presbíteros?


Qual é a obra de um presbítero?


Qual responsabilidade dos jovens Pedro salienta?


Como podemos resistir ao diabo?

-por evangelista alexandre lopes

Leia mais sobre este assunto:
Pastores Aprovados por Deus
Até que ponto vai a supervisão dos pastores?
O que a Bíblia Ensina Sobre a Organização da Igreja?

O Livro de Hebreus

O Livro de Hebreus

© 2011 evangelista alexandre lopes

Introdução ao Livro de Hebreus - Não Desista!
Hebreus 1:1-14 Jesus: Superior aos Anjos
Hebreus 2:1-18 Jesus: Feito como seus Irmãos
Hebreus 3:1-4:16 Um Descanso Permanece
Hebreus 5:1 - 6:20 Diligente até o Fim
Hebreus 7:1-28 Jesus: Um Sumo Sacerdote Superior
Hebreus 8:1-13 Uma Aliança Melhor
Hebreus 9:1-28 Um Ministério Mais Excelente
Hebreus 10:1-39 Entremos Ousadamente no Santo dos Santos
Hebreus 11:1-40 Fé Obediente
Hebreus 12:1-29 Corramos a Corrida
Hebreus 13:1-25 Com Jesus Fora do Acampamento
Estudo Textual: Introdução ao Livro de Hebreus
Não Desista!

Quem trocaria um lustroso carro novo por outro velho e enferrujado, ou um refulgente anel de diamante por uma peça de bijuteria pretejada? Somente uma pessoa insensata faria negócios como esses! O livro de Hebreus foi escrito para pessoas que estavam em perigo de fazer exatamente uma tal troca assim. Eram cristãos pensando em deixar seu relacionamento com Cristo para voltar a viver sob a Lei de Moisés. O escritor de Hebreus estava determinado a mostrar aos seus leitores que escolha idiota seria essa!

O autor de Hebreus não se identificou pelo nome, no livro. Ele conhecia Timóteo (13:23) e possuía sólido entendimento do Velho Testamento. Muitos estudantes da Bíblia acreditam que foi Paulo quem escreveu Hebreus, mas outros argumentam que esse autor não era um dos apóstolos (veja 2:3). Provavelmente, o máximo que podemos concluir com certeza é que o autor era inspirado.

Em vista do tema do livro, é improvável que o autor tivesse deixado de mencionar a destruição do templo, no ano 70 d.C., se esse evento tivesse ocorrido ao tempo da escrita. Uma vez que ele não citou esse evento para apoiar seus argumentos (veja 10:25 para uma possível referência), podemos aceitar que ainda não tivesse acontecido, e uma data próxima de 65 d.C. pode ser aceita para a escrita de Hebreus.

Hebreus foi escrito claramente para ouvintes conhecedores das Escrituras do Velho Testamento e, especialmente dos rituais de sacrifícios da Velha Lei. É evidente que os leitores pretendidos eram judeus cristãos (por exemplo, 3:1; 4:14-16). Eles tinham sofrido alguma perseguição, como resultado de sua fé e alguns, provavelmente desanimados por suas tribulações ou em dúvida sobre seu compromisso com Cristo, estavam pensando em voltar para o judaísmo. Outros já tinham deixado de reunir-se com seus irmãos (10:19-39). Como no caso da identidade do autor, não podemos dizer com certeza onde estas pessoas viviam, mas muitos estudantes da Bíblia favorecem Jerusalém ou Roma como possíveis destinos para a epístola (veja 13:24).

Como foi sugerido no início deste artigo, o tema de Hebreus é a superioridade de Jesus Cristo. O autor argu-menta que Jesus é superior aos anjos, Moisés, Josué e Arão (capítulos 1, 3, 4 e 7, respectivamente). Não somente Jesus é um Legislador e Sumo Sacerdote superior, mas sua aliança é superior à Aliança Mosaica (capítulos 8-10). De fato, “melhor” é a palavra chave do livro (1:4; 7:22; 8:6, etc)!

Perguntas para estudar:

1. O escritor de Hebreus se identifica?

2. Hebreus foi escrito provavelmente antes ou depois da destruição do templo, em 70 d.C.?

3. Hebreus foi escrito para cristãos judaicos ou cristãos gentios?

4. De acordo com Hebreus, Jesus é superior a quais pessoas?

5. Qual é a palavra chave de Hebreus?

por evangelista alexandre lopes
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Estudo Textual: Hebreus 1:1-14
Jesus: Superior aos Anjos

No monte da transfiguração, a voz que vinha da nuvem confirmou a Pedro, Tiago e João que Jesus é o Filho amado de Deus e que devemos ouvir a ele, em vez de Moisés ou Elias (Mateus 17:1-8). O escritor de Hebreus afirma o mesmo ponto, logo no começo de sua epístola. Ele observa que, enquanto Deus usou vários métodos e indivíduos para levar sua palavra à humanidade, no passado, seu porta-voz durante estes “últimos dias” é seu Filho (Hebreus 1:2). O apóstolo Pedro afirmou que estamos vivendo nos últimos dias, quando identificou os acontecimentos de Pentecostes (Atos 2:16-17) como o cumprimento da profecia de Joel a respeito desses dias. Esta afirmação sobre a autoridade de Jesus tem importantes implicações para aqueles que desejam justificar suas práticas religiosas dando ouvidos a Moisés, isto é, apelando para a lei de Moisés em busca de autoridade.

O tema de Hebreus é a superioridade de Jesus Cristo. Jesus não é só um outro porta-voz; Ele é muito superior em natureza aos profetas que o precederam. Ele não é somente Criador e Redentor (Hebreus 1:2-3); Ele é também Divindade. Ele não é a mesma pessoa que o Pai, mas ele é a “expressão exata” do Pai e, assim, participa da natureza eternal do Pai!

O restante do capítulo é dedicado a demonstrar que Jesus é também superior aos anjos. Ele obteve um “mais excelente nome” do que eles (1:4). “Nome” se refere mais ao caráter e à posição do que à palavra pela qual alguém é chamado.

O autor de Hebreus usa o silêncio de Deus para afirmar seu ponto. Ele cita afirmações divinas a respeito da posição de Jesus e então pergunta se Deus jamais disse tal coisa de qualquer dos anjos (1:5). A questão é obviamente retórica; Deus nunca se dirigiu a nenhum dos anjos como seu Filho. Pode então, qualquer dos anjos assumir a posição de Filho de Deus, uma vez que Deus não os proibiu de fazê-lo? Certamente que não! O argumento do escritor de Hebreus depende da premissa de que o silêncio de Deus é proibitivo, não permissivo: um princípio importante para todos nós que procuramos a aprovação de Deus em nossas vidas. O escritor usa o mesmo tipo de argumento (do silêncio de Deus) nos versículos 13-14.

A comparação entre Jesus e os anjos continua quando o escritor de Hebreus observa que os anjos são espíritos servidores, que adoraram o Filho durante sua encarnação (1:6-7,14). Jesus, contudo, é um Monarca cujos anos não findarão, isto é, ele é um ser eterno.

Perguntas para estudar:

1. Através de quem Deus fala conosco, nestes dias?

2. É Jesus um ser criado ou eterno como o Pai?

3. É alguma coisa divinamente autorizada pelo simples fato de que Deus não a proibiu?

4. É Jesus superior aos anjos em natureza, posição ou ambos?


por evangelista alexandre lopes--------------------------------------------------------------------------------

Estudo Textual: Hebreus 2:1-18
Jesus: Feito como seus Irmãos

O primeiro capítulo de Hebreus afirma, claramente, a superioridade de Jesus sobre profetas e anjos. Em vista deste fato, o autor ressalta a necessidade de prestar atenção à mensagem dada pelo Senhor (2:1) e confirmada por Deus através de milagres (2:4). Ele defende esta idéia usando uma forma de argumento que aparecerá várias vezes, em seu livro. Aqueles que desobedeceram à lei entregue pelos anjos (a Lei de Moisés) foram justamente punidos. Desde que Jesus é superior aos anjos, é ainda mais certo que a desobediência de sua lei será punida (2:2-4). Esta forma de argumento é, às vezes, chamada “do secun-dário para o principal”, isto é, o ponto é apre-sentado do caso menos importante para o caso mais importante.

Os primeiros quatro versículos também introduzem um outro padrão encontrado neste livro. Enquanto o autor argumenta de um modo muito lógico, ele interrompe periodicamente seu raciocínio com advertências aos seus leitores. Ele escrevia aos cristãos que estavam pensando em voltar ao judaísmo. Há cinco advertências, como estas, espalhadas através de todo o livro (2:1-4; 3:7-4:13; 5:11-6:20; 10:19-39; 12:25-29). Estas advertências são duras e mostram que é possível para os cristãos serem condenados eternamente se abandonarem o Senhor (veja especialmente 6:4-6 e 10:26-29).

O escritor cita Salmo 8 (2:6-8), uma passagem que observa que o homem foi criado um pouco mais baixo do que os anjos. Este fato, provavelmente, levantou uma questão na mente de seus leitores. Se Jesus é superior aos anjos, por que ele tomou a forma de um homem, que foi feito inferior aos anjos?

A resposta a esta pergunta é encontrada no papel redentor que Jesus desempenha. O homem precisa de um mediador entre Deus e si mesmo. Porque Jesus sofreu e foi tentado como são os homens neste mundo, ele pode, portanto, ajudar os homens como um misericordioso e fiel Sumo Sacerdote (2:17-18).

O autor de Hebreus voltará ao assunto do sumo sacerdócio de Jesus para uma extensa discussão, mais tarde neste livro. Neste capítulo, contudo, ele afirma que Jesus tinha que se tornar como seus irmãos, de modo a servir como Sumo Sacerdote. Ele tinha que tomar um corpo humano para experimentar a morte por todos os homens. Através de sua morte e ressurreição, ele derrotou Satanás, que tem o poder da morte (2:14). Ele tinha que se tornar como os homens, isto é, partilhar da carne e do sangue (2:14), porque dá ajuda aos homens, e não aos anjos (2:16). Deus seja louvado por termos um Sumo Sacerdote que entende nossa situação!

Perguntas para estudar:

1. Como Deus testificou a mensagem da salvação?

2. Pode-se obedecer ao evangelho e, mais tarde, deixar o Senhor e perder-se eternamente?

3. Por quem Jesus morreu?

4. Como Jesus é plenamente qualificado para ajudar os homens?


por evangelista alexandre lopes--------------------------------------------------------------------------------

Estudo Textual: Hebreus 3:1-4:16
Um Descanso Permanece

No capítulo 1 de Hebreus, o autor afirmou que Jesus é superior tanto aos outros profetas de Deus como aos anjos. Ele continua sua afirmação no capítulo três, observando que Jesus é superior até mesmo a Moisés! Os judeus tinham muito respeito por Moisés, porque ele recebeu a velha lei de Deus e o escritor de Hebreus reconhece sua fidelidade. Mas Jesus é superior até mesmo a Moisés, do mesmo modo que o construtor de uma casa tem mais honra do que a casa que ele constrói (3:3), assim como o filho do dono da casa é superior a um servo daquela casa (3:1-6). De fato, é sua casa! O escritor fala da igreja (3:6- “qual casa somos nós”; veja também 1 Timóteo 3:15). Mais tarde, no livro, o escritor estenderá este argumento da superioridade de Jesus, observando que sua aliança é também superior àquela dada através de Moisés (capítulos 9 e 10).

Os cristãos, contudo, precisam guardar “firme até ao fim” (3:6). É este comentário do autor que introduz o segundo trecho de advertência do livro (veja também 2:1-4; 5:11-6:20; 10:19-39; 12:25-29). Ele cita o Salmo 95:7-11 para introduzir a descrença e o fracasso de Israel, o povo escolhido por Deus, no passado. O restante do capítulo 4 é dedicado a advertir seus leitores a não repetirem o erro de Israel, em se afastar de Deus (4:11).

A Israel foi prometido um descanso, mas a nação não herdou esse descanso. O autor afirma que eles não poderiam entrar no descanso prometido por causa da descrença (3:19), por causa da desobediência (3:18). Por que Israel foi forçado a peregrinar no deserto? Descrença ou desobediência? Ambos: sua descrença resultou em sua desobediência (4:6)! É possível para o povo escolhido por Deus, nestes dias, afastar-se do Deus vivo, ao endurecer-se através do engano do pecado (3:12-14).

O autor observa que o descanso prometido ainda permanece (4:1, 9)! Aqueles a quem ele foi prometido inicialmente não o herdaram; eles morreram nas peregrinações no deserto. Mesmo quando a nação de Israel entrou finalmente na terra de Canaã, o descanso ainda permaneceu (4:8); de outro modo o salmista não teria escrito muitos anos depois da conquista de Canaã como se o descanso permanecesse (Salmos 95:7; Hebreus 4:6-9). O descanso que agora permanece não é a terra física de Canaã, nem mesmo o dia do sábado; é o próprio céu!

O capítulo três começa chamando nossa atenção para os papéis de Jesus como Apóstolo e Sumo Sacerdote. O capítulo 4 termina encorajando o cristão a conservar-se firme na sua confissão e apelar para seu Sumo Sacerdote, por auxílio no tempo da necessidade (4:14-16).

Perguntas para estudar:

1. Jesus é considerado digno de mais glória do que quem?

2. O descanso prometido ainda permanece?

3. É possível para um cristão não entrar no descanso prometido?

4. Existem coisas que podemos esconder de Deus?


por evangelista alexandre lopes--------------------------------------------------------------------------------

Estudo Textual: Hebreus 5:1 - 6:20
Diligente até o Fim

Jó clamou em seu desespero: “Não há entre nós árbitro que ponha a mão sobre nós ambos?” (Jó 9:33). Jó percebeu que não era capaz de falar diretamente com Deus, por causa de sua majestade, e sentiu agudamente a falta de um mediador ou árbitro. O autor de Hebreus, contudo, observa que temos um mediador entre nós e Deus. Ele é nosso Sumo Sacerdote Jesus Cristo.

Jesus foi indicado pelo Pai para ser sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque (veja Gênesis 14); ele não se deu essa honra (Hebreus 5:5-10). Há um grande contraste, contudo, entre os sacerdotes levíticos e Jesus Cristo. Todo sumo sacerdote levítico poderia verdadeiramente simpatizar com a situação difícil dos homens pecadores, porque todo sacerdote era, ele mesmo, culpado de pecado (Hebreus 5:1-3). Assim sendo, ele tinha que primeiro oferecer sacrifício por seus próprios pecados e então podia fazer intercessão pelo restante do povo (veja Levítico 16). Jesus foi tentado, como nós somos, mas sem pecar. Ele foi obediente ao Pai e assim se tornou o autor da salvação eterna de todos aqueles que o obedecem.

Quando o autor se prepara para continuar sua discussão do sacerdócio de Melquisedeque mais adiante, ele percebe que seus leitores não estão preparados para entender tais assuntos. Eles têm sido cristãos por tempo suficiente para que sejam espiritualmente maduros, isto é, sejam capazes de ensinar outros mas, em vez disso, deixaram de crescer em conhecimento e experiência (5:11-14). Assim, eles são capazes de entender somente as coisas simples do evangelho, o “leite” da palavra.

Todos os cristãos começam suas vidas espirituais como “bebês” em Cristo, mas precisam crescer para amadurecer (6:1). Permanecer um infante espiritual pode resultar em afastar-se de Cristo (6:4-6). O cristão que rejeita Jesus está na realidade agindo justamente como aqueles que realmente crucificaram Jesus! Ele crucifica Jesus de novo e o envergonha abertamente. Se um cristão rejeita Cristo, que mais o evangelho oferece para levá-lo ao arrependimento?

O Escritor de Hebreus, contudo, estimula seus leitores, observando que ele não pensa que eles estejam em tal estado. Mas espera que eles continuem nos trabalhos que tinham iniciado (6:9-12). Mas que garantia têm os cristãos de que, depois que tiverem trabalhado diligentemente e suportado as tribulações pacientemente serão, de fato, salvos da eterna destruição? O autor cita o exemplo de Abraão, a quem Deus fez uma promessa (6:13-17). Quando Abraão pacientemente suportou, obteve o cumprimento da promessa, porque a palavra de Deus é imutável. O exemplo de Abraão é um forte encorajamento para aqueles que estão agora confiantes em que Deus lhes dará a vida eterna, como ele prometeu àqueles que o obedecem (Hebreus 5:9).

Perguntas para estudar:

1. Estavam os cristãos hebreus crescendo espiritualmente?

2. É possível a um cristão afastar-se de Cristo?

3. Quem é um exemplo do fato que Deus mantém suas promessas?


por evangelista alexandre lopes--------------------------------------------------------------------------------

Estudo Textual: Hebreus 7:1-28
Jesus: Um Sumo Sacerdote Superior

O autor de Hebreus identificou Jesus como sumo sacerdote de acordo com a ordem de Melquisedeque, tanto no capítulo 5 como no 6. Mas quem é Melquisedeque? Por que Jesus é um sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque, em vez da ordem levítica?

No capítulo 7, o autor responde a ambas as questões. Melquisedeque aparece na história bíblica durante apenas um curto período (veja Gênesis 14:18-20). Porque a Bíblia não registra seu nascimento, morte nem mesmo sua genealogia, Melquisedeque parece ser de natureza eterna, como o Filho de Deus. Ele é identificado como sendo tanto o rei de Salém como sacerdote do Deus Altíssimo.

O autor deseja demonstrar a superioridade do sacerdócio de Jesus sobre o de Arão e, assim, ele afirma a superioridade de Melquisedeque sobre Levi. Ele o faz, em parte, observando que Melquisedeque abençoou Abraão (o menor é abençoado pelo maior) e que Abraão, que tinha as promessas, pagou dízimo a Melquisedeque. Num sentido figurado, Levi, descendente de Abraão, também pagou dízimo a Melquisedeque, através de Abraão.

Mas por que uma outra ordem de sacerdócio, segundo Melquisedeque era necessária? A resposta é que o sacerdócio levítico não era adequado (7:11,27). Nem a Jesus era permitido ser sacerdote segundo a ordem de Levi. Os sacerdotes vinham da tribo de Levi, mas Jesus era da tribo de Judá (7:13-14). A lei de Moisés nada dizia sobre homens de Judá se tornarem sacerdotes e, assim, isso era proibido. O homem não deve ir além do que Deus autorizou.

Para que Jesus fosse um sacerdote, o sacerdócio tinha que ser mudado. Desde que o sacerdócio e a lei de Moisés estavam intimamente ligados, se o sacerdócio for mudado, então a lei também precisa ser mudada (7:12,18-19). Aqueles que querem viver sob a lei de Moisés, hoje em dia, desligam-se do sacerdócio de Jesus porque ele não pode ser sacerdote sob essa lei! O sacerdócio de Jesus é, então, uma garantia de que uma lei (ou aliança) melhor foi estabelecida (7:20-22).

Por que alguém haveria de querer voltar à Velha Lei e ao sacerdócio levítico? Jesus é um Sumo Sacerdote superior. Ele foi feito sacerdote pelo poder de uma vida infindável, e não através de um mandamento carnal (a Lei de Moisés). Diferente dos sacerdotes levíticos, que eram incapazes de continuar a servir por causa da morte, Jesus vive sempre para fazer intercessão por nós. Jesus foi feito sacerdote através do imutável juramento de Deus.

Os sacerdotes levíticos eram fracos porque pecavam assim como os homens pelos quais eles faziam intercessão. Jesus, contudo, é santo, imaculado e separado dos pecadores. Ele não tem que fazer oferenda por si mesmo, como os sacerdotes levíticos tinham que fazer. De muitas maneiras, Jesus é verdadeiramente o sumo sacerdote superior!

Perguntas para estudar:

1. Como Melquisedeque é semelhante a Jesus?

2. Por que Jesus é incapaz de ser um sacerdote sob a lei de Moisés?

3. O silêncio de Deus autoriza alguma coisa?

4. O sacerdócio de Jesus é garantia do quê?


por evangelista alexandre lopes--------------------------------------------------------------------------------

Estudo Textual: Hebreus 8:1-13
Uma Aliança Melhor

O trabalho do sacerdote é fazer as oferendas e sacrifícios no santuário (Hebreus 8:3). Como nosso Sumo Sacerdote celestial, Jesus também serve num santuário, mas este é um santuário que não foi feito por mãos humanas, como o foi o tabernáculo. Jesus é, não somente superior aos profetas do Velho Testamento, aos anjos, a Moisés e a Aarão, mas é também um melhor sumo sacerdote, que ministra num santuário melhor. Ele é o mediador de uma aliança melhor estabelecido sobre melhores promessas (8:2, 6).

Alguns dos destinatários originais de Hebreus estavam pensando em retornar ao judaísmo. O autor de Hebreus quer que eles entendam como seria tolo deixar uma aliança melhor para retornar a uma imperfeita. Se o primeiro pacto tivesse sido infalível, não teria havido necessidade de outro (8:7). Até mesmo o santuário associado com a Lei de Moisés, o tabernáculo construído no Monte Sinai, era apenas uma cópia e uma sombra do santuário celestial.

O que estava errado com a aliança feita com Israel no Monte Sinai? Realmente, nada havia de errado com o pacto em si; ele cumpria as funções que Deus pretendia. Ele identificava o pecado, encorajava a santidade entre o povo escolhido de Deus e apontava aos homens em direção a Cristo e à graça de Deus. O escritor de Hebreus nota que a falha estava realmente no povo de Deus, e não na aliança (8:8-9). Um homem poderia ser declarado justo sob a Velha Lei se a guardasse perfeitamente, nunca violando um único preceito (Levítico 18:4-5). Mas o povo de Israel não guardava a lei de Deus e assim ela se tornou um instrumento de morte espiritual para ele (Romanos 7:10-13). Mas Deus deu ao homem a esperança, prometendo através do profeta Jeremias que ele faria um novo pacto com seu povo.

Um indivíduo se tornava parte do povo de Israel pelo nascimento físico e era circuncidado no oitavo dia como sinal da aliança. Mais tarde, quando o menino tinha idade bastante para entender, era-lhe ensinada a lei com a esperança de que ele decidisse obedecê-la. A lei de Moisés foi escrita em tábuas de pedra, mas muitos israelitas não escreveram a lei de Deus em seus corações.

O novo pacto, contudo, é diferente, como Jeremias profetizou. É ensinado às pessoas primeiro e elas se tornam parte da nação escolhida de Deus somente depois de aceitarem as condições para se tornarem parte dessa nação (Hebreus 8:11). Elas serão verdadeiramente o povo de Deus porque sua lei estará escrita em seus corações. Todos na casa espiritual de Israel (a igreja) conhecem o Senhor porque ninguém pode se tornar parte da nação eleita sem primeiro conhecer o Senhor!

Mas a nova aliança é diferente de outra maneira. O perdão estaria disponível através do sacrifício de Jesus Cristo (8:12). Não haveria mais necessidade de sacrifícios anuais no Dia da Expiação como a lei de Moisés exigia (veja Levítico 16). Jesus, o sacrifício perfeito, precisou oferecer a si mesmo somente uma vez. Por que haveríamos de querer voltar ao velho e imperfeito, quando Deus providenciou um pacto novo e melhor, com um melhor Sumo Sacerdote?

Perguntas para estudar:

1. Como um indivíduo se tornava parte da nação física de Israel?

2. A circuncisão carnal era uma garantia de uma vida de obediência a Deus?

3. Sob a nova aliança, o que vem primeiro: o conhecimento ou a cidadania na nação espiritual de Deus?


por evangelista alexandre lopes--------------------------------------------------------------------------------

Estudo Textual: Hebreus 9:1-28
Um Ministério Mais Excelente

Sob a Lei de Moisés, o povo de Israel tinha um santuário (o tabernáculo) e um sumo sacerdote que servia como um intercessor pelo povo diante de Deus. O autor de Hebreus já identificou Jesus Cristo como nosso Sumo Sacerdote, um ministro do tabernáculo verdadeiro (4:14; 8:1-2). No capítulo nove, o escritor discute o serviço de Jesus no tabernáculo verdadeiro.

O livro de Êxodo registra a construção do tabernáculo (capítulos 25-30). Era basicamente uma tenda elaborada e dividida em duas salas por um véu. A sala maior era chamada o Santo Lugar e a menor era chamada Santo dos Santos. Cada sala tinha seus próprios móveis e o escritor de Hebreus menciona brevemente essas peças (9:1-5).

Os sacerdotes do Velho Testamento entravam diariamente no Santo Lugar, executando o seu serviço. Mas somente o sumo sacerdote podia entrar no Santo dos Santos. Uma vez por ano, no Dia da Expiação, o sumo sacerdote entrava no Santo dos Santos com o sangue de um touro, por seus próprios pecados e, novamente, com o sangue de um bode, pelos pecados do povo (9:6-7). Ele pegava este sangue e o aspergia sobre o propiciatório, a cobertura da arca da aliança, oferecendo-o a Deus. Era no Santo dos Santos que um homem podia chegar à presença de Deus, mas somente o sumo sacerdote era capaz de entrar e era exigido que se defumasse a sala com incenso, antes de entrar! Leia Levítico 16 para ver uma descrição completa do ritual que o sumo sacerdote seguia no Dia da Expiação.

O véu que separava o Santo Lugar do Santo dos Santos simbolizava o fato que o caminho à presença de Deus ainda não estava aberto para a humanidade. Quando Jesus morreu na cruz, o véu entre o Santo Lugar e o Santo dos Santos foi rasgado (Mateus 27:51). Este foi o modo de Deus mostrar que o acesso a sua presença era agora disponível a todos, através do sacrifício de Jesus (veja Hebreus 6:19-20; 10:19-22)!

Como os sumos sacerdotes do Velho Testamento, Jesus ofereceu sangue na presença de Deus, porém Jesus ofereceu seu próprio sangue, derramado na cruz, e ofereceu-o no verdadeiro tabernáculo, o próprio céu (9:12, 24-26).

O autor de Hebreus já identificou Jesus como Mediador de uma aliança melhor (8:6). Agora ele explica que o sangue de Jesus alcança até os pecados sob a primeira aliança, a Lei de Moisés (9:15). As coisas do tabernáculo do Velho Testamento eram purificadas com o sangue de animais, mas Jesus ofereceu um sacrifício melhor, que pode verdadeiramente obter a redenção do pecado. Ainda que os sumos sacerdotes do Velho Testamento oferecessem sangue todos os anos pelos pecados do ano anterior, Jesus entrou no céu, na presença de Deus, uma vez por todas (9:12, 27-28).

Perguntas para estudar::

1. Sob a Lei de Moisés, onde o homem se encontrava com Deus?

2. O que os sumos sacerdotes do Velho Testamento levavam para o Santo dos Santos?

3. Onde Jesus foi para oferecer seu sangue na presença de Deus?

4. Quantas vezes Jesus se oferecerá como sacrifício?


por evangelista alexandre lopes--------------------------------------------------------------------------------

Estudo Textual: Hebreus 10:1-39
Entremos Ousadamente no Santo dos Santos

Do que precisa o pecador? Ele precisa ser perdoado e purificado da culpa por seus pecados. Mas o perdão requer um sacrifício que seja capaz de satisfazer as exigências da justiça. A lei de Moisés não podia prover um sacrifício como esse. Sob aquela lei, o sangue dos animais era oferecido a Deus, mas o autor de Hebreus observa que tal sangue “não podia tirar meus pecados” (10:4,11). A repetição constante desses sacrifícios era uma lembrança contínua de que não eram adequados à remissão de pecados (10:1-3). Contudo, esses sacrifícios de animais eram “sombras” do sacrifício perfeito que seria oferecido por Jesus (10:1).

Deus não se alegrava com os sacrifícios oferecidos sob a lei de Moisés, no sentido em que eles eram inadequados para pagar a pena pelos pecados cometidos. Jesus, contudo, veio a este mundo e foi totalmente obediente ao Pai (10:9). Como resultado, ele foi capaz de oferecer a si mesmo, isto é, uma vida imaculada pelo pecado, como um sacrifício perfeito. Diferente dos sacrifícios do Velho Testamento, Jesus ofereceu a si mesmo uma única vez, porque seu sacrifício garantia a remissão dos pecados (10:10-12,14,18).

Sob a lei de Moisés, somente ao sumo sacerdote era permitido entrar na parte do tabernáculo conhecida como o Santo dos Santos, e ele tinha que ser cerimonialmente purificado antes que pudesse entrar na presença de Deus ali. O sacrifício de Jesus tornou possível para nós nos aproximarmos de Deus, e finalmente entrar ousadamente no próprio céu, purificados pelo sangue de Jesus Cristo de todos os nossos pecados (10:19-22; veja 9:24-26).

É importante que nos encorajemos uns aos outros para permanecermos firmes em nossa esperança de entrar na presença de Deus no céu. O Senhor deseja que os cristãos se reúnam regularmente de modo a encorajar uns aos outros ao amor e às boas obras. O escritor de Hebreus observa que alguns cristãos tinham parado de se reunir com os outros santos (10:23-25).

Se nós, que fomos santificados pelo sangue de Jesus através de nossa obediência ao evangelho, mais tarde rejeitarmos seu sacrifício e retornarmos ao mundo ou mesmo à lei de Moisés, o que mais ficará como sacrifício pelo pecado? Absolutamente nada! Quando os israelitas rejeitavam a lei de Moisés, o castigo era certo (10:28). O que fará Deus com aqueles que rejeitam o sacrifício perfeito de Jesus, seu Filho unigênito? O castigo será ainda mais certo e horrível (10:26-31).

Temos que permanecer fiéis até o fim, apesar da perseguição e tribulação. Os cristãos que receberam primeiro esta epístola tinham sofrido no passado; o escritor inspirado encoraja-os a não desistir para que possam receber a promessa (10:32-36). Mais uma vez ele afirma não somente que é possível afastar-se de Cristo, mas também que essa pessoa será perdida (10:39).

Perguntas para estudar:

1. Podem os sacrifícios de animais tirar nossos pecados?

2. Por que Jesus teve que se oferecer apenas uma vez?

3. Por que os cristãos precisam encontrar-se?

4. É possível a quem foi santificado pelo sangue de Jesus mais tarde calcar aos pés o Filho de Deus?


por evangelista alexandre lopes--------------------------------------------------------------------------------

Estudo Textual: Hebreus 11:1-40
Fé Obediente

Palavras de encorajamento podem ajudar uma pessoa a se comportar bem, mas um bom exemplo é ainda mais poderoso. O autor de Hebreus concluiu o capítulo 10 observando que ele só viverá pela fé (Habacuque 2:4), o tipo de fé que leva uma pessoa a perseverar na obediência ao Senhor até o fim. Somente então se receberá a recompensa prometida (Hebreus 10:35-39). No capítulo 11 ele ilustra esse tipo de fé observando os exemplos de homens e mulheres do Velho Testamento.

A fé nos permite esperar aquelas coisas que não podemos ver (11:1; veja Romans 8:24). Se não podemos ver aquilo em que temos esperança, como saber que isso existe ou que o receberemos? A funcão da fé é que ela substitui a prova objetiva da coisa na qual temos esperança. O autor ilustra o papel da fé quando ele observa que cremos que o universo foi criado pela palavra de Deus porque os Escrituras revelam esse fato e temos confiança na veracidade tanto de Deus como de sua palavra.

Começando com Abel, o escritor cita exemplos específicos de fé. Mas o autor não está escrevendo sobre fé “morta” (Tiago 2:26); em cada caso ele observa que foi a obediênca a Deus que resultou da fé (11:4-31). Por exemplo:

- Abel... ofereceu... mais excelente sacrifício (11:4)

- Enoque...agradou a Deus (11:5)

- Noé...aparelhou uma arca (11:7)

- Abraão... obedeceu, peregrinou, ofereceu (11:8,9,17)

- Moises...celebrou a Páscoa (11:28)

- Os israelitas... capturaram Jericó (11:30)

Os exemplos de fé obediente são muito numerosos para serem todos listados e, assim, o autor conclui mencionado em geral alguns dos modos pelos quais os indivíduos tinham obedecido a Deus, apesar das provações envolvidas (11:32-38).

Cada uma destas pessoas não somente creu que Deus existia, mas creu nas promessas que ele fez (11:6). Algumas delas perceberam que não receberiam essas promessas durante sua vida, mas assim mesmo confiaram em Deus e agiram de acordo (11:13-16,22,35).

O autor conclui o capítulo afirmando que, apesar da sua fé impressionante, todas essas pessoas esperaram o cumprimento da promessa, isto é, a vinda do Messias e de seu reino (11:39). Seus leitores, que já estavam gozando das bênçãos espirituais em Cristo, precisavam imitar a fé daquelas pessoas do Velho Testamento!

Perguntas para estudar:1. Como os antigos conseguiram um bom testemuunho?

2. Neste capítulo, o que sempre acompanhou a fé?

3. Como Noé demonstrou sua fé?

4. Quem ofereceu seu filho unigênito em obediencia a Deus?


por evangelista alexandre lopes--------------------------------------------------------------------------------

Estudo Textual: Hebreus 12:1-29
Corramos a Corrida

O escritor de Hebreus completou seu argumento principal no capítulo dez. Nos capítulos anteriores ele demonstrou a superioridade de Jesus sobre os profetas do Velho Testamento, os anjos, Moisés e Arão. Ele demonstrou a natureza do sacerdócio de Jesus e a eficácia do seu sacrifício. Ele também apresentou argu-mentos para mostrar que a lei de Moisés tinha sido removida. Tendo reassegurado os hebreus de que eles estavam certos em abraçar Jesus, ele agora usa a figura de uma corrida para exortá-los a perseverar em sua vocação (12:1-4).

No capítulo onze ele citou os muitos exemplos de fé obediente, ou perseve-rança. Todas aquelas pessoas são testemunhas do fato de que a corrida pode ser vencida (12:1). O autor também encoraja seus leitores a “correr a corrida” com seus olhos fixos em Jesus, estimu-lando sua paciência no sofrimento (12:2-3a). Os hebreus estavam em perigo de ficarem cansados e desencorajados, ainda que não tivessem sofrido tanto como Jesus (12:3-4).

Os hebreus são advertidos a não serem desencorajados pela disciplina do Senhor, mas antes se lembrarem do propósito dela (12:5, 10b-11). O autor observa a relação da punição com a condição de filho. A punição é um sinal de filiação; sua ausência indica que não se é filho (12:7-8). A punição não é agradável, mas desde que o castigo é geralmente aceito quando vem de pais carnais que cometem enganos, ele argumenta para chegar à mais certa conclusão de que os cristãos devem aceitar a punição de seu Pai celestial, que não comete tais enganos (12:9-11). Em vez de abandonar a corrida, isto é, voltar ao judaísmo, os hebreus precisam fazer esforços renovados para terminar a corrida (12:12-13).

O autor manda que os hebreus estejam em guarda para que nenhum deles acredite que possa gozar das bênçãos de Deus pela simples associação com o povo de Deus, em vez de ser por uma vida de fé e obediência (12:15; Deuteronômio 29:14-29). Estes cristãos precisavam também ter o adequado respeito pelas vantagens espirituais oferecidas pela nova aliança, em vez de seguirem o exemplo de Esaú que não teve nenhum cuidado com os privilégios espirituais (12:16-17; 10:29; Gênesis 25:29-34; 27:1-40).

Na verdade, os hebreus “não tinham que chegar” a um pacto entregue com impressionantes manifestações físicas (12:18-21; Êxodo 19:20), isto é, a lei de Moisés, mas antes a um pacto com superiores privilégios espirituais (12:22-24).

O autor completa o capítulo doze com a última das maiores advertências do seu livro (12:25-29). Não há escapatória para aqueles que desafiam Deus, rejeitando sua palavra.

Perguntas para estudar:

1. Qual figura o autor usa para ilustrar a necessidade de perseverança?

2. A quem o Senhor castiga?

3. O que fez Esaú que demonstrou seu desinteresse pelas coisas espirituais?

4. O que é que “não pode ser abalado?”


por evangelista alexandre lopes--------------------------------------------------------------------------------

Estudo Textual: Hebreus 13:1-25
Com Jesus Fora do Acampamento

Nos primeiros doze capítulos de Hebreus, o raciocínio do autor é muito lógico e bem encadeado, cada ponto levando ao próximo. Contudo, no capítulo treze, seu argumento é completado e parece que ele junta num só grupo uma série de exortações sem relação.

Em 13:1 e 3, os hebreus são exortados a continuar a mostrar seu amor fraternal, especialmente na forma de benevolência com os prisioneiros, que freqüentemente eram forçados a depender de amigos para satisfazer suas necessidades. O autor também encoraja o costume da hospitali-dade, afirmando que nem sempre se sabe as bênçãos que podem resultar (13:2; veja Gênesis 18:1-8, 22; 19:1). Ele adverte contra a imoralidade sexual e a ganância, observando que o Senhor prometeu nunca abandonar os cristãos (13:4-6).

Alguns dos seus leitores estavam pensando em retornar ao judaísmo, mas o escritor encoraja-os a considerar o resultado da fé daqueles que lhes ensinaram a Palavra de Deus. Ele garante aos seus leitores que eles podem esperar o mesmo prêmio por uma fidelidade semelhante, porque Jesus é imutável (13:7-8).

Em 13:10-14, o escritor faz uma breve exortação baseada no sistema sacrificial do Velho Testamento. A expressão “comer do altar” (13:10) se refere ao fato que aos sacerdotes levíticos era permitido comer partes de alguns dos sacrifícios oferecidos. Contudo, os sacerdotes não comiam da oferenda pelo pecado (Levítico 16:27); os corpos dos animais oferecidos no Dia da Expiação eram queimados fora do acampamento. O autor identifica Jesus como uma oferenda pelo pecado, observando que ele sofreu fora do acampamento (Jesus foi crucificado fora da cidade de Jerusalém). Para comer (gozar das bênçãos) desta oferenda perfeita pelo pecado deve-se sair do acampamento (deixar o judaísmo), um ato que envolveria alguma censura (13:12-13). Tal censura poderia significar pouco para aquela mente que está posta num lar celestial afinal (13:14). O ponto do autor é, claramente, que aqueles que desejam viver sob a Lei de Moisés não gozam as bênçãos do sacrifício de Cristo!

O serviço de um sacerdote é oferecer sacrifícios (5:1). Desde que os cristãos são sacerdotes espirituais (1 Pedro 2:5, 10) com Jesus como seu sumo sacerdote, eles precisam oferecer sacrifícios espirituais a Deus. O escritor identifica alguns destes sacrifícios (13:15-16; veja também Romanos 12:1).

Tendo recordado a seus leitores seus mestres do passado (13:7) e advertido sobre as “doutrinas estranhas,” o autor ordena-lhes que obedeçam aqueles que presentemente olham por suas almas, isto é, os presbíteros (13:17).

Ele conclui pedindo-lhes suas orações (13:18-19) e oferecendo uma oração por eles (13:20-21).

Perguntas para estudar:

1. Quem mostrou hospitalidade aos anjos em Gênesis 18?

2. Que promessa o Senhor faz aos cristãos (13:5)?

3. Que tipo de “sacrifícios” os cristãos deverão oferecer a Deus?

por evangelista alexandre lopes

Estudo Textual: Efésios

1:1-23 Toda Sorte de Bênção Espiritual
2:1-22 Aproximados pelo Sangue de Cristo
3:1-21 O Mistério de Cristo
4:1-24 Há Somente Um Corpo
4:25 - 5:21 "Provando Sempre o que é Agradável ao Senhor"
5:22 - 6:9 Sujeitai-vos Uns aos Outros
6:10-24 Revesti-vos da Armadura de Deus
Estudo Textual: Efésios 1:1-23
Toda Sorte de Bênção Espiritual
Em Cristo (1:1-3). Depois de saudar os irmãos, Paulo agradece a Deus pelas suas bênçãos espirituais em Cristo. Observe que Paulo dá graças pelas bênçãos espirituais "nas regiões celestiais", e não por bênçãos físicas. Cristo morreu para tornar os homens ricos espiritualmente, não fisicamente. As bênçãos espirituais são encontradas "em Cristo" e não no mundo, na igreja ou no pastor. Fora de Cristo, realmente não há bênçãos, somente bens físicos, que perecerão quando morrermos.

As bênçãos espirituais (1:4-14). Paulo começa a listar algumas das bênçãos:


"Nos escolheu nele" (1:4). Deus selecionou um povo especial em Cristo, justamente como selecionou a nação especial dos judeus, em Abraão (veja Êxodo 19:5-6 e 1 Pedro 2:9). Em sua sabedoria, Deus planejou salvar o homem em Cristo "antes da fundação do mundo", mesmo antes que o homem tivesse cometido o primeiro pecado. Ele nos selecionou com uma meta: "para sermos santos e irrepreensíveis". Aqueles que estão em Cristo foram perdoados de seus pecados e deverão viver de tal modo que não pequem mais.


"Em amor nos predestinou para ele, para a adoção dos filhos" (1:4-5). Os cristãos são filhos de Deus por adoção. A adoção é sempre questão de escolha pessoal, enquanto o filho que vem pela natureza tem que ser aceito quando vem. Deus "predestinou" alguns deles para adoção. Ele determinou desde antes do começo do mundo que adotaria todos os que estão em Cristo. A adoção por Deus não é apenas uma adoção por acaso. É uma escolha feita "por meio de Jesus Cristo". Se respondemos em obediência ao evangelho de seu Filho, Deus nos adota.

"Temos redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados" (1:7). Deus perdoa os pecados dos filhos adotados porque Jesus morreu para sofrer o castigo por eles.


"Desvendando-nos o mistério da sua vontade" (1:9). Ninguém pode conhecer a mente de Deus a menos que ele resolva revelar seus pensamentos (veja 1 Coríntios 2:9-13). Em Cristo sua vontade é revelada.


"No qual também fomos feitos herança" (1:11). Os filhos adotados receberão a mesma herança que Cristo, o filho legítimo e primogênito (veja Romanos 8:15-17).


"Fostes selados com o Santo Espírito da promessa" (1:13). Aqueles que ouvem e respondem com fé à "palavra da verdade", recebem o "selo" do Espírito Santo de Deus, mostrando quais ele escolheu para adotar (veja 2 Timóteo 2:19 e Apocalipse 7:3).

Cristo a plenitude (1:15-23). Paulo ora para que eles cresçam "no pleno conhecimento dele" (1:17). Se não conhecemos Cristo, como podemos esperar receber as bênçãos espirituais que ele nos oferece? Ressuscitando Cristo, Deus mostrou seu extremo poder para abençoar aqueles que crêem.

Finalmente, Deus fez Cristo o cabeça da igreja, o qual é o seu corpo (1:22-23). Procurar outra sede fora do céu, onde Cristo está, é negar a autoridade de Cristo.

Perguntas para mais estudo:


Pelo que devemos orar quando pedimos bênçãos reais em Cristo? Dinheiro? Saúde? Amor? Alguma outra coisa?


Como as pessoas são "predestinadas" em Cristo?


Quem, e onde está, o cabeça da igreja?


- por EVANGELISTA ALEXANDRE LOPES
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Estudo Textual: Efésios 2:1-22
Aproximados pelo Sangue de Cristo

"Pela graça sois salvos"(2:1-10). O castigo pelo pecado tem sido sempre a morte (veja Gênesis 2:17; Romanos 6:23). Aqueles que pecam andam "segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar" (2:2). O caminho deste mundo é o caminho de Satanás, que conduz ao pecado e à morte. Desde a primeira vez que pecamos, somos separados de Deus (veja Isaías 59:1-2), e somos incapazes de escapar do castigo da morte.

Mas Deus, cheio de graça e misericórdia, enviou seu Filho para sofrer o castigo da morte que nós merecíamos por nossos pecados (2:4-5). Pela graça de Deus, aqueles que estão "em Cristo" foram ressuscitados de seus pecados junto com ele, e lhes foi dada vida junto com ele. Aqueles que estão "em Cristo" não pertencem mais a este mundo de pecado, mas foram ressuscitados para nos fazer "assentar nos lugares celestiais" (2:6).

Observe a importância de estar "em Cristo" para receber a graça de Deus. "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé" (2:8). A graça de Deus exige algo de nós: nossa fiel obediência ao seu Filho (veja Tito 2:11-15). Nossa obediência não é de acordo com as obras que desejamos fazer, mas de acordo com as "boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas" (2:10). É nas Escrituras que aprendemos sobre estas "boas obras" que Cristo criou para nós (veja 2 Timóteo 3:16-17). Se desejamos receber a graça de Deus que está "em Cristo", precisamos obedecer fielmente aos mandamentos de Cristo.

Ele é a nossa paz (2:11-18). Houve um tempo quando somente a nação de Israel, de acordo com a Lei de Moisés, tinha acesso à presença de Deus em seu templo, em Jerusalém. Os estrangeiros e os imundos tinham que ficar fora dos muros do templo, "separados da comunidade de Israel e estranhos às alianças da promessa" (2:12). Mas "em Cristo Jesus...fostes aproxi-mados" (2:13). Em Cristo, Deus aproxima as pessoas de dois modos importantes. Primeiro, ele reúne judeus e gentios um ao outro "em um só corpo com Deus" (2:16). Segundo, ele aproxima as pessoas de Deus, dando-lhes "acesso ao Pai em um Espírito" (2:18). Em Cristo, não há mais separação de Deus, de suas promessas, ou de seu povo.

O edifício de Deus (2:19-22). Agora, aqueles que foram reunidos como uma família em Cristo estão sendo edificados como um edifício espiritual para Deus. O edifício está fundado no ensinamento dos "apóstolos e profetas", que seguem o modelo de Cristo, "a pedra angular" (2:20). Qualquer ensinamento que não se alinha com o ensinamento de Cristo e de seus apóstolos e profetas não faz parte dos planos para o edifício de Deus!

Este edifício está sendo construído para ser um "santuário dedicado ao Senhor... para habitação de Deus no Espírito" (2:21-22). Este é o novo templo de Deus. Neste templo, todos que estão em Cristo têm acesso a Deus, no Espírito.

Perguntas para mais estudo:

Como uma pessoa é salva pela graça de Deus? A "graça" significa que não temos nada a fazer para sermos salvos?


Jesus morreu para juntar as pessoas, ou para juntar as "igrejas", num só corpo?


Uma pessoa que adora segundo as doutrinas dos homens pode ainda fazer parte do edifício espiritual de Deus?

- por EVANGELISTA ALEXANDRE LOPES




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Estudo Textual: Efésios 3:1-21
O Mistério de Cristo

"O Mistério Revelado" (3:1-7). Paulo estava na prisão porque os judeus levantaram um clamor por causa do seu trabalho com os gentios, crendo que ele até os tinha levado ao templo (veja Atos 21:27-33). Mas Paulo estava simplesmente completando uma obra que lhe tinha sido confiada por Deus. Ele chama esta obra a revelação de um mistério (3:3). Observe o processo desta revelação:

Deus planejou o que estava oculto em Cristo antes da fundação do mundo (lembre-se de Efésios 1:3-6).

O mistério foi revelado a Paulo e a outros apóstolos e profetas por Cristo, através do Espírito Santo (3:5; veja também João 14:25-26; 16:12-13).

Os apóstolos e profetas escreveram o que foi revelado (3:3-4).

Entendemos quando lemos (3:4).

O mistério de Cristo foi revelado para ser entendido. A verdade foi revelada e a entendemos lendo. Não por sentimento, nem por visões, nem pelo que a igreja ou o pastor ou pregador diz!

O mistério de Cristo é que judeus e gentios são reunidos como um só, no corpo de Cristo, a igreja (veja 1:21-22).

"A Multiforme Sabedoria de Deus" (3:8-13). Paulo via a pregação como uma grande graça de Deus, que lhe permitia manifestar riquezas espirituais que tinham estado ocultas desde o começo dos tempos (3:8-9). Quando a vontade de Deus é pregada, sua grande sabedoria é mostrada através do que ele cumpriu em Cristo. Ele reúne todas as pessoas salvas, sejam judeus ou gentios, em um só corpo, exatamente como ele planejou desde o começo dos tempos! (3:11) Quando pregadores pregam sua própria vontade, as pessoas não são salvas nem reunidas num só corpo, mas são perdidas e divididas em denominações (3:12-13).

"Infinitamente Mais" (3:14-21). Veja como Paulo ora diligentemente para que os irmãos de Éfeso cresçam em Cristo:

Ele ora ao Pai por todas as famílias da terra (3:14-15). Todos os salvos são seus filhos, numa família espiritual.

Ele ora para que sejam tão fortes como Deus é glorioso! (3:16) Em Cristo recebemos o poder de Deus. Não há necessidade de nos sentirmos fracos e nos rendermos às tentações.

Ele ora para que Cristo esteja nos corações deles (3:17). Geralmente, ele ora para que eles estejam "em Cristo", mas agora ele ora para que Cristo esteja neles e lhes dê força espiritual, e os fixe no amor.

Ele ora pelo pleno entendimento, por eles, do amor de Cristo, "para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus" (3:18-19). Somente quando crescemos no amor de Cristo receberemos a plenitude de Deus!

Paulo ora com confiança porque sabe que Deus tem poder para atender às orações de modo infinitamente mais completo do que podemos pedir ou sequer imaginar (3:20-21). Precisamos de confiança quando oramos de acordo com a vontade de Deus!

Perguntas para mais estudo:

Como Deus planejou para que entendamos o que ele revelou? (3:4-5)

O que é mostrado quando a revelação de Deus é pregada? (3:9-10)

O que Deus é capaz de fazer por aqueles que são fortalecidos nele? (3:20-21)

- por EVANGELISTA ALEXANDRE LOPES





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Estudo Textual: Efésios 4:1-24
Há Somente Um Corpo

Depois de ter escrito extensamente sobre a unidade dos judeus e dos gentios em Cristo, Paulo descreve como manter essa unidade:

"Somente um..." (4:1-6). Para mantermos a unidade como filhos adotados por Deus (veja 1:5), precisamos ser humildes, mansos, longânimos, clementes (4:2), e entregar-nos diligentemente ao trabalho da unidade (4:3). É importante entender as bases da unidade cristã:
• um corpo. A Bíblia não ensina muitas denominações, mas um corpo, o corpo de Cristo, a igreja (veja 1:22-23).
• um espírito. Todos temos acesso a Deus, através do Espírito Santo (veja 2:17-18).
• uma esperança. Nossa esperança é estar no céu com Jesus (veja João 14:1-3). Todas as outras esperanças -- reencarnação, purgatório, um paraíso terrestre, riquezas nesta vida -- dividem em vez de unir.
• um Senhor. Temos somente uma autori-dade para nosso serviço a Deus. Não a lei de Moisés, não a da igreja, não a do pastor, mas somente a de Cristo, o Senhor (veja Mateus 28:18-20).
• uma fé. Não há muitos caminhos de fé para o céu, mas somente um. Temos que obedecer a fé que Cristo nos entregou no Novo Testamento (veja Judas 3), ou seremos perdidos para sempre.
• um batismo. Há somente um batismo que é ligado com a salvação: o batismo nas águas (veja 1 Pedro 3:20-21). O batismo no Espírito Santo não é "o batismo" para a salvação! Aqueles que não são salvos não podem ser unidos com aqueles que são.
• um Deus. Somos unidos sob um único Deus, que nos criou iguais, deu-nos vida igualmente, e nos julgará igualmente, de acordo com o que fizermos com nossas vidas (veja 2 Coríntios 5:10).

"Com vistas ao aperfeiçoamento" (4:7-16). Pela graça de Deus, muitas "dádivas" são dadas àqueles que participam da vitória da salvação (4:7-11). As dádivas que Cristo dá são as pessoas que ajudam os cristãos enquanto crescem no Senhor. Os "apóstolos" e os "profetas" completaram a obra do Senhor revelando toda a vontade de Deus (veja João 14:26 e 2 Pedro 1:3). Os "evangelistas" espalham a boa nova do evangelho através do mundo, ensinando todas as coisas que Cristo manda (veja Mateus 28:20). "Pastores e mestres" cuidam das necessidades dos cristãos nas congre-gações locais, das quais eles também são membros (veja 1 Pedro 5:1-4). Todos estes homens servem para preparar outros cris-tãos no trabalho de "edificação do corpo de Cristo" (4:12). Uma igreja que está traba-lhando bem esforça-se pela "unidade da fé" (4:13), segue "a verdade em amor" para que possa crescer em Cristo (4:15), e tem todos os membros trabalhando juntos (4:16).

"Revestindo-nos do novo homem" (4:17-24). Os cristãos têm que caminhar segundo "a verdade em Cristo", como a receberam da Bíblia (4:17-21). O cristão "despe" a velha vida e "veste" uma nova (4:22-24).

Perguntas para mais estudo:

Todas as denominações estão unidas em Cristo, de acordo com as Escrituras?


Quanto da vontade de Deus foi revelada pelos apóstolos e profetas de Cristo? Há necessidade de mais revelação para os santos serem perfeitos?


Tendo em vista que Deus é amoroso e clemente, é possível ser cristão sem uma mudança de vida?

-por EVANGELISTA ALEXANDRE LOPES




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Estudo Textual: Efésios 4:25 - 5:21
"Provando Sempre o que é Agradável ao Senhor"

Paulo tem ensinado sobre o serviço geral do cristão. Agora, ele incentiva aplicações pessoais específicas.

"Imitadores de Deus" (4:25 - 5:2). O arrependimento verdadeiro não somente pára de praticar as coisas erradas, mas exige comportamento novo e diferente. Nós não vivemos num vácuo espiritual. Quando os atos errados são removidos, atos bons têm que tomar o lugar deles. Quando paramos de mentir, temos que falar a verdade (4:25). Quando sentimos ira, temos que procurar a reconciliação e não a vingança (4:26-27). Quando paramos de furtar, começamos a trabalhar para dar aos outros (4:28). Ao invés de usar linguagem obscena, falamos o que edifica e transmite graça (4:29). Deixamos as coisas más que entristecem o Espírito Santo e agimos com compaixão e perdão, como Deus mesmo faz (4:30-32). Quando deixamos de andar como filhos de Satanás, temos que começar a andar como filhos amados de Deus, observando e imitando nosso Pai e nos entregando como Cristo o fez (5:1-2).

"Provando sempre..." (5:3-14). Para imitar a Deus, temos que ser absolutamente puros, pois ele é puro (veja 1 Pedro 1:14-16). Filhos de Deus que não aprendem a deixar a impureza para praticar a justiça são desobedientes e não terão nenhuma herança no reino dele (5:3-6).

Os verdadeiros filhos de Deus não par-ticipam mais das obras da desobediência e das trevas, porque andam como filhos da luz no Senhor (5:7-8). Andando como filhos da luz quer dizer "provando sempre o que é agradável ao Senhor" (5:10). Se seguirmos os nossos próprios desejos e fizermos o que achamos agradável ao Senhor, não andamos como filhos da luz. Se quisermos agradar ao Senhor, temos que ler, entender e fazer o que ele revelou na Palavra. Nossa única "prova" do que agrada ao Senhor é o que ele diz ser agradável a ele (veja 3:4). Quando praticamos o que foi revelado, andamos na luz de Cristo e deixamos a luz brilhar em nós, despertando outros da escuridão do pecado (5:11-14).

"Vede como andais" (5:15-21). Uma vez que sabemos o que agrada ao Senhor, devemos andar de acordo com esse entendimento, utilizando bem o nosso tempo (5:15-16). Muitos gastam tempo e energia fazendo obras que Deus não autorizou, ao invés de compreender e praticar a vontade dele (5:17; veja Mateus 7:21-23). Se gastarmos nosso tempo tentando "servir ao Senhor" de acordo com os nossos planos e não segundo a revelação dele, nos tornamos insensatos.

Devemos deixar as coisas carnais, que se dissolvem, e nos encher com o Espírito, que é eterno (5:18). Para fazer isso, devemos falar uns aos outros com salmos, louvar de coração ao Senhor, dar graças a Deus por tudo em nome de Jesus, e nos submeter uns aos outros (servindo uns aos outros) no temor de Cristo (5:19-21).

Perguntas para mais estudo:

O que devemos fazer depois de parar de pecar? Você realmente se arrependeu?


Como sabemos o que agrada ao Senhor? (Veja 3:4; 5:10,17.)


O que devemos fazer para nos encher com o Espírito?

- por EVANGELISTA ALEXANDRE LOPES





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Estudo Textual: Efésios 5:22 - 6:9
Sujeitai-vos Uns aos Outros

A vida do cristão é uma vida de serviço a Deus e aos outros. Se nós verdadeiramente vivemos para servir, teremos que nos submeter uns aos outros no amor e "no temor de Cristo" (5:21).

Marido e mulher (5:22-33). As mulheres são instruídas a se submeterem aos seus maridos em tudo, como também se sujeitam ao Senhor (5:22-24). Deus tem dado ao homem o papel de "cabeça" da mulher, da mesma maneira que ele deu para Cristo o papel de "cabeça" da igreja (5:23). Do mesmo modo que a igreja de Deus se submete à autoridade de Jesus em todas as coisas, a mulher deve se sujeitar à autoridade do marido.

Porém, isso não quer dizer que o homem pode usar sua autoridade segundo seu próprio capricho. O homem, também, precisa se submeter à esposa, no sentido que ele deve a conduzir com o mesmo amor que Cristo demonstra quando guia a igreja, pela qual ele deu a própria vida (5:25). Cristo, o qual está acima de todos os homens, se submeteu "em amor" até ao ponto de morrer, para santificar e purificar a igreja para Deus (5:25-27; veja Filipenses 2:5-11).

Os homens são admoestados a amar suas esposas como seus próprios corpos (5:28-30). Ninguém maltrata ou abusa seu próprio corpo de propósito, mas antes protege e cuida dele como Cristo faz para com a igreja (5:29). O marido que não ama e cuida da sua esposa, fornecendo suas necessidades, está pecando contra ela e contra Deus! Num casamento, homem e mulher se tornam uma só carne, como a igreja é o corpo de Cristo (5:31-32; 1:22-23). Por esse motivo, homens e mulheres devem se submeter uns aos outros e cuidar uns dos outros como Cristo faz com o seu corpo.

Pais e filhos (6:1-4). Filhos devem se submeter aos pais na obediência (6:1). Obediência a esse mandamento traz a promessa de uma vida melhor aqui na terra (6:2-3). Imagine como o mundo seria diferente se não tivesse nenhum filho rebelde!

Esse princípio não dá licença para os pais a praticar autoridade irresponsável. Pais devem se submeter aos filhos, os disciplinando no Senhor, ao invés de dominá-los de um modo que provoque a ira (6:4). Pais que não disciplinam seus filhos estão pecando contra eles e contra Deus!

Servos e senhores (6:5-9). Servos são admoestados a se submeterem aos seus senhores com corações sinceros, da mesma maneira que se submetem a Cristo (6:5). O cristão, no seu emprego, não faz somente o mínimo para satisfazer homens, mas serve com diligência para agradar ao Senhor (6:8). Deus é o mestre que sempre está vigiando, e ele pagará cada um de acordo com seu próprio trabalho, mesmo se o patrão não esteja olhando!

Perguntas para mais estudo:

Em quais coisas a mulher deve se submeter ao marido? (5:24). Como o homem é instruído a amar a sua esposa? (5:25-30). Como ele pode mostrar esse amor?


Quais instruções são dadas aos pais em relação aos filhos? (6:4).


É pecado relaxar ou deixar de trabalhar quando o patrão está ausente? (6:5-8).

- por EVANGELISTA ALEXANDRE LOPES




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Estudo Textual: Efésios 6:10-24
Revesti-vos da Armadura de Deus

A luta espiritual (6:10-13). Imagine acordando um dia e achando sua casa bem no meio de um campo de batalha. Com bombas explodindo ao seu redor, os disparos de metralhadoras e os gritos dos feridos, qual seria o seu primeiro pensamento? Se levantaria para ir ao serviço? Iria para a escola? Lavaria o carro? A sua primeira reação seria a sobrevivência sua e da sua família, não é?

Mesmo quando não percebemos a guerra ao nosso redor, isso não quer dizer que ela não exista. Em termos bem fortes, Paulo escreve que o mundo é um campo de batalha espiritual (6:12). Nós precisamos nos despertar para ver que a batalha é real!

Essa batalha não é guerra material, e sim espiritual. Então, como alguém pode sobreviver? Precisamos ser "fortalecidos no Senhor e na força do seu poder" (6:10) e devemos vestir "toda a armadura de Deus" (6:11,13).

A armadura de Deus (6:14-20):


O cinto (6:14). A verdade (a palavra de Deus Sveja João 17:17) precisa ser embrulhada ao centro do nosso ser para segurar todas as coisas. Sem o cinto da verdade, a armadura se desmancha.

A couraça (6:14). O coração é protegido pela justiça de Deus, que é revelada no evangelho (veja Romanos 1:17). O cristão que vive segundo o evangelho está protegendo seu coração do mal.

Os calçados (6:15). Quando convertido pelo evangelho da paz, o inimigo se torna aliado. Quando há mais aliados e menos inimigos, fica mais fácil vencer a batalha. Pregando o evangelho da paz salva vidas da destruição da batalha.

O escudo (6:16). A fé é o escudo do cristão contra "todos os dardos inflamados do Maligno". Tudo pode ser vencido em Cristo (veja Filipenses 4:13), através da fé verdadeira que foi uma vez por todas entregue por ele (veja 4:4; Judas 3).

A espada (6:17). A única arma ofensiva que o cristão precisa é a palavra de Deus (veja Hebreus 4:12; João 12:48; Apocalipse 1:16; 19:15). Para ganhar uma batalha espiri-tual, temos que falar a palavra espiritual de Deus, e não a palavra carnal dos homens.

Utilizando, com oração, todos esses recursos ouvimos da luta determinada de um bom soldado, somos motivados a continuar batalhando mesmo quando sentimos fracos. Mesmo no meio à batalha ardente, na confiança do Senhor encontramos paz, amor e graça.

Perguntas para mais estudo:

Sabendo que estamos num campo de batalha espiritual, o que deve ser a prioridade em nossa vida?


O homem é capaz de providenciar sua própria armadura na batalha contra poderes espirituais? De onde vem a armadura certa?


Qual parte da armadura precisamos para vencer o inimigo? (6:11,13).

- por EVANGELISTA ALEXANDRE LOPES